Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - País
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU

LAVA-JATO DIZ QUE HÁ


'DESMONTE'


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Autor: AGUIRRE TALENTO, WASHINGTON
LUIZ E CLEIDE CARVALHO

O procurador-geral da República Augusto Aras
irá debater com a Advocacia-Geral da União
(AGU), na próxima semana, a proposta para
unificar a negociação dos acordos de leniência,
que funcionam como delações premiadas de
empresas. Após a revelação feita ontem pelo
GLOBO, de que a minuta elaborada por órgãos
do governo e pelo presidente do STF, Dias
Toffoli, retira o Ministério Público Federal (MPF)
da mesa de negociações com as empresas
acusadas de ilícitos, a Lava-Jato e o ex-ministro
Sérgio Moro reagiram afirmando existir um
"desmonte" do combate à corrupção.

O novo modelo concentra as negociações na
Controladoria- Geral da União e na AGU. A
adoção de um "balcão único" para os acordos é
uma demanda antiga das empresas para dar
segurança jurídica às negociações. Elas alegam
que o modelo atual, em que precisam pactuar
multas e responsabilidades com diferentes
órgãos, é origem de uma série de atrasos e
impasses no fechamento de acordos de
leniência, o que causaria prejuízos à economia
por retardar a recuperação de empresas que
decidem colaborar com a Justiça e o Estado
(veja abaixo alguns casos).

SUGESTÕES DO MPF


O MPF ainda precisa dar seu aval ao acordo.
Aras está analisando o texto e, na segunda-
feira, irá discutir o assunto com integrantes da 5-
Câmara de Coordenação e Revisão do MPF,
órgão de acompanhamento de temas sobre
combate à corrupção. No encontro, Aras e os
integrantes da Câmara devem discutir possíveis
mudanças a serem sugeridas no texto para
contemplar as demandas do MPF.

Após esse debate interno, o procurador-geral da
República deve se reunir com o advogado -geral
da União José Levi Mello do Amaral na terça-
feira para tratar do assunto. A proposta está
sendo confeccionada pela AGU, CGU, pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) e por
Toffoli.

Associações que representam membros do
Ministério Público e da magistratura avaliaram
que a proposta, do modo como está colocada,
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