Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - País
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

Para o Ministério da Justiça, a xeretice da
Seopi tem a intenção de prevenir práticas
ilegais dos funcionários públicos e de garantir a
segurança. O argumento é ridículo. O objetivo
é político. A investigação ilegal é uma forma de
monitorar e manter sob vigilância opositores de
Bolsonaro. Porque, e agora é oficial e tem
carimbo do Ministério da Justiça, o governo
trata antifascistas como perigosos inimigos.
Inimigos políticos a serem investigados,
denunciados e abatidos. Aliás, estes em
questão já foram de certa forma denunciados.


O dossiê sobre os professores e os policiais
antifascistas foi distribuído entre órgãos de
segurança nos estados e no Distrito Federal.
Na prática, estimula a repressão, uma vez que
sugere que os dois grupos são capazes de
desestabilizar a segurança. Trata-se de uma
rematada bobagem. Eles representam
exatamente o contrário disso. Ao se
posicionarem contra o fascismo, dizem
claramente serem contra autoritarismo e
violência.


Observação necessária.


A Secretaria de Operações Integradas, um
órgão de inteligência, que em português
verdadeiro significa espionagem, foi criada no
atual governo, ainda na gestão do ministro
Sérgio Moro. Mas, de acordo com a
reportagem do UOL, o dossiê foi elaborado já
no comando do ministro terrivelmente
evangélico André Mendonça. Nenhuma dúvida


quanto ao seu caráter, certo?

Outro detalhe importante.

O zerinho de Bolsonaro voltou a falar depois
que a matéria teve repercussão. Agora, como
se fosse em nome da administração. Ele
indagou no Twitter se as pessoas querem que
o governo tenha em seus quadros pessoas
ligadas ao movimento antifas. Foi um deboche,
se fosse uma pergunta séria, a resposta seria
SIM! O governo seria melhor. Apontaria para a
tolerância e a civilidade. Mas o zerinho tem
razão, não dava mesmo para esperar por este
gesto de grandeza de um governo tão
pequeno.

NENHUMA SAUDADE


No dia 27 de agosto de 1980, há 40 anos, uma
carta-bomba explodiu nas mãos da secretária
do presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB). Dona Lyda Monteiro da Silva
morreria logo depois, ao dar entrada no Souza
Aguiar. O artefato decepou-lhe um dos braços
e provocou diversas mutilações no seu rosto e
em seu torso. Outras três bombas foram
enviadas para a Câmara Municipal do Rio, para
a sede da Associação Brasileira de Imprensa
(ABI) e para o jornal "Tribuna da Luta
Operária", órgão do Partido Comunista do
Brasil. A da Câmara deixou seis feridos, a da
"Tribuna" era de baixa potência, explodiu de
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