Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - FMI
Economia da zona do euro sofre
retração histórica de 12,1%
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A pandemia do novo coronavírus continua a
causar estragos na economia global. O Produto
Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve
retração de 12,1% no segundo trimestre,
puxado pelas fortes quedas nas economias de
Espanha, França e Itália, informou ontem a
Eurostat, agência de estatísticas da União
Européia. E a maior queda já registrada desde o
início a série, em 1995. Os dados reduzem a
expectativa de recuperação rápida da economia
mundial este ano.
Já o PIB da União Européia (UE), que
compreende 27 países, contra 19 da zona do
euro, teve queda de 11,9%. Também foi a maior
retração da série histórica, iniciada em 1995.
O economista Bert Colijn, do banco ING,
considerou impactante a queda do PIB na zona
do euro, mas "totalmente compreensível" após
as medidas de confinamento que paralisaram a
atividade em quase todos os países europeus.
Ele afirmou que o mais difícil começa agora,
mas disse que "uma recuperação em forma de
V é praticamente um desejo utópico".
A economia francesa, a segunda maior da zona
do euro, foi uma das que contribuíram para
afundar o desempenho do bloco. Desabou
13,8%, o maior tombo desde 1949, quando foi
iniciada a coleta de dados trimestrais no país.
A Espanha registrou um tombo histórico de
18,5% no período, o pior desde a Guerra Civil,
nos anos 1930. 0 país entrou na chamada
recessão técnica - quando a economia
apresenta dois trimestres sucessivos de
retração.
A economia espanhola tem como um de seus
pilares o turismo, um dos setores mais afetados
pela pandemia. Este, que responde por 12% do
PIB do país, viu sua receita desabar 60% em
comparação ao segundo trimestre de 2019. E,