Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - Economia
sábado, 1 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

tombo do nosso comércio no primeiro
semestre. O mundo comprou menos 15% do
Brasil, a China comprou mais 15%. A economia
chinesa apresentou números positivos no
segundo trimestre, de 3,2%. Depois de ter
encolhido 6,8%. Do ponto de vista de
investimentos, eles são importantes também.
Esta semana mesmo o Ministério da
Infraestrutura começou um roadshow virtual
para atrair investidores para a Ferrogrão,
projeto que liga Sinop (MT) a Mirituba (PÃ).
Dois dos investidores contatados foram a
CCCC e a queda de 13% no CRCC. Chinesas.


Não é a primeira vez, não será a última, que o
governo Bolsonaro lança ofensas gratuitas
sobre os chineses. Parece um teste para saber
até que ponto eles aguentarão. Mas nessa
roleta chinesa nós somos a parte vulnerável.
Dos ataques racistas de Abraham Weintraub
aos delírios persecutórios de Ernesto Araújo,
passando pelas grosserias de
Bolsonaro&Filhos, o governo agride
diariamente o nosso maior parceiro.


Na saída dos escombros deste amo difícil, o
Brasil precisará também dos organismos
financeiros multilaterais. Abraham Weintraub é
inimigo confesso das boas maneiras, do foco
em questões relevantes, e do que ele define
como "globalismo". Os bancos multilaterais
seriam instrumentos desse inimigo. O ministro
Paulo Guedes cedeu às pressões para indicá-
lo. Ele ficará no cargo até outubro, pelo menos.


Ontem saíram os dados de outras economias
europeias. No segundo trimestre, a França caiu
13,8%, acumulando 19% de queda no ano, a
Itália, 12,4%, a Espanha, 18,5%, acumulando
22%. Na Espanha, o único setor a crescer foi a
agricultura, como aqui no Brasil. A zona do
euro encolheu 12%. Segundo o "Financial
Times", a retomada está sendo ameaçada
pelos riscos de novas ondas e será "lenta e
desigual".

O ano está difícil para todos. A China, que teve
indicadores melhores no segundo trimestre,
voltou a ter alta de casos de Covid-19 em
algumas áreas. Diante desse quadro, Azevêdo
disse à Christiane Amanpour, na CNN, que o
mundo está assistindo à maior contração em
tempos de paz desde os anos 1930. E a
grande questão que está posta é quão
rapidamente o mundo pode se recuperar.
Perguntei ao embaixador, que está deixando a
OMC, como ele vê a situação do Brasil: - Com
muita preocupação, porque o desempenho
econômico do país no futuro imediato estará
inevitavelmente ligado à sua capacidade de
controlar a pandemia, cujo quadro atual no país
é muito inquietante.

Economias despencaram no 2º tri, OMC prevê
queda de 13% no comércio global. A China
ajuda, mas Bolsonaro a define como 'aquele
país'

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil
1 - Paulo Guedes
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