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Revista Carta Capital/Nacional - Colunistas
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: MARCOS COIMBRA

Por causa das restrições impostas pela
pandemia, o retrato que sai dos levantamentos
atuais é impreciso e distorcido
A pandemia devastou o mundo e mudou as
nossas vidas, em coisas grandes e pequenas.
Até as pesquisas de opinião mudaram.
Desapareceram as pesquisas face a face, nas
quais há interação direta entre entrevistados e
entrevistadores. A expressão é literal:
entrevistadores e entrevistadoras aplicam seus
questionários olhando nos olhos dos
selecionados. São conversas que podem
ocorrer em vários lugares: nas residências, na
rua, na porta da fábrica. No domicílio são mais
proveitosas, mas as outras opções também são
boas. O importante é o contato pessoal.

Mundo afora, por motivos óbvios, essas
pesquisas deixaram de ser feitas depois do
início da pandemia. A regra foi sua substituição
por métodos indiretos de contato, o telefone e a
internet. Para a pesquisa de determinados
temas e públicos, a mudança é irrelevante. Se o
interesse é conhecer a propensão a investir dos
clientes de um banco, o telefone é a melhor
opção. Se o assunto são as atitudes em relação
à publicidade online, o modo preferível de
realizá-la é na rede.

Pesquisas de opinião pública, especialmente de
temas políticos, são outra coisa. Há países em
que é legítimo conduzi-las por telefone ou
internet, e há outros em que é necessário tratar
com cautela aquelas feitas sem interação direta
com os entrevistados. Nos EUA, o voto é
facultativo e a maioria dos eleitores que se
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