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Revista Isto é/Nacional - Artigos
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Marcos Strecker

Desde o lançamento do best-seller .O capital no
século XXI, que já vendeu mais de 2,5 milhões
de exemplares desde 2014, o economista
Thomas Piketty se transformou em fenômeno e
cada novo livro é recebido como um evento. Em
linhas gerais, sua obra é um extenso estudo
atuarial da renda nos últimos 250 anos e a
mensagem é que o mundo está condenado ao
aumento da desigualdade. Portanto, é
necessário erradicar o capitalismo para se obter
uma sociedade justa. Essa simplificação quase
caricata não está muito longe das teses
defendidas pelo francês.

Sua visão utópica causa atritos irritados com o
mundo político. Na França, ele sugere
candidamente taxar os ricos em até 90%. A
proposta é fantasiosa. Na verdade, a
hipertaxação dos ricos, já abandonada, afundou
a economia francesa e destruiu o Partido
Socialista. No Brasil, sua teoria também se
choca com os fatos. Ele tentou participar do
debate da Reforma Previdenciária, em 2019, e
seus argumentos foram demolidos por Pedro
Fernando Nery, Paulo Tafner e Arminio Fraga
em O Estado de S.Paulo (“A lacroeconomia de
Piketty”). No recém-lançado Capital e ideologia
(também editado pela Intrínseca), ele discorre
sobre como a política falha para reverter a
injustiça social. Ao abordar o PT, faz afirmações
que soam risíveis. Segundo ele, o verdadeiro
sufrágio universal no País só foi obtido com o
partido de Lula. A transformação só não foi
perfeita por injunções políticas que o partido não
conseguiu, ou não soube, enfrentar, como a
regulação social da mídia ou o financiamento
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