Banco Central do Brasil
Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Dinheiro da Redaçao
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central
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Autor: Carlos José Marques
Ninguém esconde mais, nem dentro do
Governo, nem no Congresso, muito menos
entre entidades que pressionam por recursos, o
movimento para romper o teto de gastos ou
simplesmente desconsiderá-lo, frente às
despesas correntes em alta por conta da
pandemia. É uma temeridade sem precedentes.
São inúmeros os representantes do setor
público interessados em manobras que driblem
essa regra fiscal. Parlamentares, em tempos de
eleição, passaram a exigir mais despesas,
projetos custosos, para atender suas bases e
arrebanhar votos. O Planalto também faz coro à
demanda e quase todas as pastas da
Esplanada dos Ministérios, idem. Em
campanhas nas redes sociais, inúmeras
organizações passaram a pedir a elevação de
recursos para a área social, alegando
dificuldades devido à crise. O risco por trás
dessa mobilização é imenso. As chances de
aumento da dívida pública, de descontrole da
inflação e dos juros crescem na mesma
proporção dessa corrida por recursos públicos.
Um diretor do Banco Central aponta que estão
querendo “abrir a caixa de Pandora e soltar
todos os monstros”. Decerto, sem o teto, o
desarranjo econômico virá a galope. As
agências de risco, que medem o rating para
investimentos em cada país já acenderam o
sinal amarelo e começam a manifestar clara
preocupação com a possível mudança na
política de gastos empreendida com sucesso
por tantos anos por aqui. Essas agências
temem que o Brasil, nesse caminho, perca por