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Banco Central do Brasil


Revista Valor Setorial/Nacional - Noticias
quinta-feira, 30 de julho de 2020
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Autor: Genilson Cezar


Com demanda global aquecida, o país deve
superar recorde dos Estados Unidos e produzir
120,9 milhões de toneladas de grãos da
commodity
A cultura da soja, estrela maior do agronegócio
brasileiro, mostra uma performance invejável,
até mesmo surpreendente, dado o cenário de
extremas dificuldades em que vive hoje a
economia do país. A comercialização da soja
no mês de junho, por exemplo, chegou a mais
de 90%da produção, enquanto, no mesmo
período de 2019, foi de 66%, informa Allan
Silveira dos Santos, superintendente de gestão
da oferta/ diretoria de política agrícola e
informações da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).


As exportações da commodity mantêm a
escalada dos últimos anos. “No primeiro
semestre deste ano o país exportou 60,3
milhões de toneladas do grão, aumento de 38%
em comparação com os 47,73 milhões do
mesmo período do ano passado”, assinala
Santos. Só no Estado do Mato Grosso, as
exportações atingiram um volume de 14,17
milhões de toneladas, no período de janeiro a
maio deste ano, segundo o Instituto Mato-
grossense de Economia Agropecuária (Imea),
ligado aos produtores de grãos da região. O
Imea projeta uma exportação de 20,79 milhões
de toneladas de soja no Estado até dezembro.
"Estamos caminhando para mais um novo
recorde de exportação”, afirma Daniel
Latorraca, superintendente do Imea.


Em valores, segundo dados da Secretaria de
Comércio Exterior (Secex), do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, neste
ano já foram exportados aproximadamente


US$ 16,33 bilhões de soja em grão. Os preços
internacionais estão abaixo dos preços
praticados nos últimos anos, devido principal
mente ao impasse comercial entre Estados
Unidos e China. Nos portos brasileiros, entre
janeiro e março, o valor médio da tonelada
exportada, de acordo com a Conab, foi de US$
356,46 (no mesmo período de 2019 e 2018 era,
respectivamente, de US$ 377,91 e US$
391,39).

Para o ano de 2020, com base no valor médio
da tonelada exportada neste ano, a Secex
espera um volume entre US$ 27 bilhões e US$
28 bilhões em exportações de soja em grão, o
que, convertido pela média do dólar do primeiro
semestre de 2020, significa em torno de R$
135 bilhões e RS 140 bilhões em exportações.
Sem contaras receitas das vendas externas
dos derivados do esmagamento da soja, como
o farelo e o óleo de soja.

A Conab estima que em 2020 o país possa
alcançara maior colheita já registrada para a
oleaginosa, com uma produção de 120,9
milhões de toneladas. Supera o maior volume
de soja já colhido pelos Estados Unidos, em
tomo de 120,5 milhões de toneladas. Não há
nenhum segredo, afirma Paulo Souza,
presidente da Cargill, uma das maiores tradings
de grãos do mundo, com um volume total
originado, processado e comercializado de
grãos acima de 36 milhões de toneladas em
2019.

“A demanda global dos clientes de exportação
teve um aumento exatamente por conta de
preocupações com possíveis opções de
exportações em seus países de origem e por
causa da covid-19, que gerou muito problema
de abastecimento em diversas cadeias
industriais”, diz. “Vários países tiveram
interesse em aumentar as suas compras, não
de estoque físico, mas de ter mais do produto
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