Banco Central do Brasil
Revista Valor Setorial/Nacional - Noticias
quinta-feira, 30 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto
fim de 2019, informa que o uso de produtos se
desenvolverá de acordo com a produção
agrícola do país. “No momento, é importante
destacaras exportações recordes e os bons
níveis de preços internos das principais
commodities. As informações sobre o clima
também devem contribuir para uma melhor
noção do cenário futuro”, afirma Christian
Lohbauer, presidente-executivo da Croplife.
Outro indicativo é o fato de as importações de
produtos formulados realizadas entre janeiro e
maio deste ano estarem abaixo dos volumes
verificados em igual período de 2019: 107 mil
toneladas ante 120 mil toneladas. “Mantida
esta tendência, há razões para acreditar que a
produção nacional possa crescer e compensar
os menores volumes importados.”
Em 2019, o segmento de defensivos químicos
faturou US$ 12,47 bilhões, um crescimento de
15,6% em relação ao ano anterior. Um dos
principais fatores foi a ampliação de áreas
cultivadas de determinadas culturas e
sementes.
Os grãos tiveram expansão de 3,6%, ou 2,3
milhões de hectares, em relação à safra
anterior (2018); cana-de-açúcar, 9%; e café,
4%. “No campo de produção de sementes, que
também demandam defensivos agrícolas,
observamos que o volume de sementes de soja
cresceu 7,5% na comparação como período
anterior e no de milho, 6,6%.”
O segmento de defensivos biológicos, por sua
vez, faturou R$ 675 milhões no ano passado, 3
l%a mais em relação a 2018. Neste caso, a
projeção para as vendas até dezembro deste
ano é de um crescimento entre 20% e 30% na
comparação com a safra anterior. Lohbauer
lembra que o uso de defensivos biológicos
ainda está em consolidação no Brasil e,
diferentemente dos químicos, não dependem,
em sua grande maioria, de matéria-prima
importada.
Segundo a Dunham Trimmer, empresa de
pesquisa voltada para os mercados agrícolas
globais, os defensivos biológicos devem
movimentar no mundo mais de US$ 5 bilhões
em 2020, um salto de US$ 2 bilhões em
relação ao ano passado. Enquanto o segmento
cresce na ordem de 10% ao ano em outros
países, no Brasil o ritmo é ainda mais
acelerado, atingindo mais de 15%, segundo a
CropLife.
Sobre os impactos da pandemia, Lohbauer
afirma que o distanciamento social prejudicou,
principal mente, os setores de
hortifrutigranjeiros e de flores. Já a queda dos
preços do petróleo afetou a cana e o algodão.
“Os produtores têm hoje como uma de suas
principais preocupações o acesso ao crédito e
as condições dos empréstimos”, diz.
A Corteva Agriscience está otimista com as
perspectivas para o agronegócio brasileiro.
Embora não abra números, a companhia afirma
que o Brasil representa o segundo maior país
em vendas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Felipe Daltro, líder de marketing para proteção
de cultivos da empresa para Brasil e Paraguai,
aponta que as vendas globais para proteção de
cultivos somaram US$ 6,26 bilhões em 2019,
valor que correspondeu a 45% do faturamento
total de US$ 13,8 bilhões da empresa.
Globalmente, a companhia investe US$ 1,2
bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento.
Deste total, US$ 200 milhões são destinados
para o Brasil de forma a viabilizar as atividades
de pesquisas locais e, com isso, o
desenvolvimento de produtos alinhados com as
necessidades do produtor rural brasileiro. “De
2018 até hoje, lançamos cerca de 15