Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Com rombo recorde, dívida pública já


chega a 85,5% do PIB


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Autor: Lorenna Rodrigues

Sob os efeitos econômicos da pandemia do
novo coronavírus, o setor público consolidado
(contas que englobam governo federal, Estados,
municípios e estatais, com exceção de
Petrobrás e Eletrobrás) apresentou déficit
primário de R$ 188,682 bilhões em junho. Foi o
maior rombo fiscal em um único mês na série
histórica do Banco Central, que começou em
dezembro de 2001. Em maio deste ano, o
déficit já havia chegado a R$ 131,438 bilhões.

O resultado significa que as receitas de
impostos e contribuições dos governos foram
menores do que as despesas. A conta não inclui

os gastos com o pagamento dos juros da dívida
pública. No acumulado do primeiro semestre
deste ano, as contas do setor público
apresentaram déficit primário de R$ 402,703
bilhões - o que também foi o pior resultado da
série histórica para esse período.

Com o déficit recorde, a dívida bruta do setor
público subiu novamente. Depois de chegar a
75,8% do PIB em dezembro do ano passado (ou
R$ 5,5 trilhões), o valor passou para 81,9% em
maio. Em junho, cresceu para R$ 6,15 trilhões,
ou 85,5% do PIB, segundo os números do BC.
A previsão do Ministério da Economia é que a
dívida bruta do governo geral alcance 98,2% do
PIB neste ano.

O porcentual da dívida em relação ao PIB é uma
das principais preocupações do governo e dos
analistas econômicos. Isso porque é referência
para avaliação, por parte das agências globais
de classificação de risco, da capacidade de
solvência de um país. Na prática, quanto maior
a dívida, maior o risco de calote do Brasil.

Pandemia. O rombo recorde no mês passado
está relacionado ao aumento de despesas
extraordinárias autorizado para combater a
pandemia do novo coronavírus e à queda na
arrecadação diante do tombo na atividade
econômica e do adiamento no prazo de
pagamento de impostos.

Para este ano, havia uma meta de déficit para o
setor público de até R$ 118,9 bilhões.
Entretanto, com o decreto de calamidade
pública, proposto pelo governo e aprovado pelo
Congresso Nacional por conta da pande- mia,
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