Banco Central do Brasil
O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Ipea
'CPMF é um tributo ruim; e tem gente
que quer
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Autor: Adriana Fernandes/ brasília
Especialista em tributação que tem
acompanhado com lupa as propostas de
reforma tributária no Brasil e no mundo, o
economista do Ipea, Rodrigo Orair, afirma que o
Brasil não pode perder a janela de oportunidade
histórica para aprovar a simplificação em bloco.
"Mais importante do que a regra de transição,
que vai ser calibrada no Congresso, o ideal é
que se legisle em bloco". diz.
Contrário à volta da CPMF, ele recomenda o
Brasil seguir o mesmo caminho do restante do
mundo para reduzir os tributos cobrados das
empresas sobre os salários dos empregados:
tributar o consumo ou a renda. "Governos
conservadores estão indo para bens e serviços
e progressistas para a renda da pessoa física".
A primeira alternativa onera a população de
maneira mais ampla e a outra concentra o ônus
no topo da pirâmide.
O que a proposta do ministro da Economia
muda no cenário da reforma tributária?
Pelo menos se criou o consenso de que as três
propostas (Câmara, Senado e governo) acham
que o caminho é de um IVA (imposto sobre
valor agregado) moderno. Se esse é o ponto de
chegada, Podemos ter a implantação gradual,
não precisa ser tudo de uma vez.
O que significa fatiar? Fazer primeiro a do
governo federal?
Fazer a parte do governo federal (unificação do
PIS/Cofins), depois tentar os Estados e depois
os municípios. O ideal seria fazer tudo de uma
vez só. É difícil. Então, ou se faz uma regra de
transição ou se faz em partes. As duas
propostas que estão no Congresso tocam em
todo o sistema (federal, Estados e municípios)
com um implementação longa. A do governo diz