Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado

sábado, 1 de agosto de 2020

Banco Central - Perfil 2 - TCU

PAINEL S.A.

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Autor: Joana Cunha

Sessão nostalgia

A escalada retórica entre os opositores e os

defensores da CPMF esquentou nesta sexta-

feira (31). A declaração feita por Rodrigo Maia,

na quinta, de que votaria contra a proposta e

ainda influenciaria alguns congressistas a

acompanhá-lo irritou os setores que pedem a

volta do antigo tributo sobre movimentação

financeira. O ex-secretário da Receita Marcos

Cintra alfinetou, lembrando que o atual

presidente Câmara, que hoje se opõe à CPMF,

já votou a favor dela em 1999 e 2002.

tunel do tempo

"Eu era deputado também, e ele votou a favor

da CPMF, guiado pelo PFL, que na época fazia

parte da base do Fernando Henrique. Se ele é

tão convicto do purismo ideológico, então eu

estou questionando: por que votou?", afirmou

Cintra.

fim

A resposta de Maia: "Porque o acordo era que

estávamos votando a última CPMF. Em 2007,

eu votei contra, e o DEM [partido do presidente

da Câmara hoje] comandou a campanha Xô

CPMF".

língua

Ainda na troca de farpas, Maia também disse

que o governo vai dar um nome em inglês à

CPMF para enrolar a sociedade. Mas alguns

tributaristas lembraram que, na verdade, ela já

foi rebatizada. Entusiasta da ideia, o empresário

Flávio Rocha (Riachuelo) chamava de E-tax até

pouco tempo atrás. A moda não pegou.

time

À medida que o debate avança, João Amoêdo,

fundador do Partido Novo, se posiciona como

um dos grandes nomes contrários à CPMF.

Além de considerá-la um tributo cumulativo, que

incide mesmo que o contribuinte não tenha

realizado resultado, ele avalia que a

argumentação de quem defende está errada na

origem.

prioridades

"O principal argumento que a gente ouve é que

esse é um imposto fácil de ser cobrado. Mas na

área pública, a principal preocupação deveria