Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 1 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

agora. O que chama a atenção agora é que há
um percentual maior de famílias nessas faixas
de renda dizendo que vai poupar", afirma
Viviane Seda, uma das pesquisadoras do Ibre
responsáveis pela sondagem.


Ela afirma que essa cautela já havia sido
observada nas sondagens mensais recentes
sobre a confiança dos consumidores,
principalmente nas perguntas sobre ímpeto de
compras.


"As famílias estão com medo em relação aos
próximos meses, se vai vir uma segunda onda
[de contaminação], se vão conseguir manter
seus empregos. As famílias que têm menos
margem de recursos guardados estão tomando
um cuidado maior. Há uma preocupação não
só em quitar dívidas, mas também de guardar
um pouco esses recursos", afirma Viviane.


pesquisadora do Ibre Luana Miranda, que
também coordenou a sondagem, afirma que,
em 2017, o saque teve como objetivo estimular
o consumo na saída de uma das maiores
recessões da história, quando o país havia
voltado a crescer e havia expectativas mais
positivas e menos incertezas do que
atualmente. Desta vez, ele vem para repor uma
parte da perda de renda, em um momento em
que o PIB (Produto Interno Bruto) está em
queda.


"O objetivo era reaquecer a economia na saída
da recessão. Era uma situação econômica
muito diferente da amai. Hoje temos queda na
confiança recorde, incerteza recorde, as
pessoas estão mais endividadas, a renda das
famílias está mais comprometida. Tudo isso faz
com que as pessoas tendam a poupar mais,
especialmente a população mais pobre, que
em geral tem uma propensão ao consumo
maior", diz Luana.

O levantamento foi realizado com 1.737
consumidores e tem margem de erro de 3
pontos percentuais.

Segundo as pesquisadoras, as sondagens da
FGV têm mostrado uma satisfação baixa com
relação à situação econômica e financeira atual
das famílias. Há uma expectativa de melhora
nos próximos meses, mas que não é suficiente
para se traduzir em um estímulo a maiores
gastos com bens e serviços.

"As expectativas dos consumidores não têm
melhorado na mesma velocidade da dos
empresários. Os consumidores estão mais
cautelosos."

A liberação do FGTS deve somar cerca de R$
36 bilhões, o que representaria um acréscimo
de 0,33 ponto percentual ao PIB neste ano.
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