National Geographic - Portugal - Edição 233 (2020-08)

(Antfer) #1
Fontes: M. Enroth, Environmental impact of printed and electronic teaching aids, a screening study focusing on fossil carbon
dioxide emissions, Advances in Printing and Media Technology, Vol. 36, 2009 | McAfee – ICF International, The Carbon
Footprint of email Spam, Report 2009 | F. Sana et al, Laptop multitasking hinders classroom learning for both users and
nearby peers, Computers & Education, Vol. 62, Pages 24-31, 2013 | J. Nielsen, iPad and Kindle Reading Speeds, 2010 | E.
Wastlund et al, E’ects of VDT and paper presentation on consumption and production of information: Psychological and
physiological factors, Computers in Human Behavior, Vol. 21, Issue 2, Pages 377-394, 2005 | The NPD Group/BookScan, 2019

As florestas sustentáveis da The Navigator Company apoiam a
National Geographic Portugal a diminuir a sua pegada ecológica.

Ler e escrever têm diferentes dimensões quando
comparamos o papel com o suporte digital.
Um pode ser o complemento do outro, mas
a relação física e afetiva que temos com um livro
ou com um tablet é bem diferente. Reconhecido pelo
desenvolvimento de capacidades cognitivas – como
a compreensão, a memória, a concentração,
a imaginação ou o raciocínio –, o livro em papel
também proporciona um sentir que se revela
no olfato, na facilidade do seu manuseio, ou na
simples contemplação da capa que o distingue.
Produto de origem renovável, o papel pode ainda
representar um contributo na proteção do ambiente.
As florestas sustentáveis e plantadas pela indústria
papeleira recuperam áreas degradadas e sequestram
carbono da atmosfera, favorecendo a redução
do efeito de estufa. Um estudo realizado na Noruega
analisou o impacto no aquecimento global do uso
de livros didáticos em papel e apurou que este é
quase dez vezes menor que o uso de documentação
digital. Já a McAfee estimou que as emissões globais
associadas ao spam no correio eletrónico são
equivalentes às emissões que seriam geradas por
1,6 milhões de automóveis a percorrer uma distância
igual ao perímetro da Terra.
Num mercado digitalizado como é o dos Estados
Unidos, as vendas de livros impressos têm crescido,
desde 2014, o que levou a Amazon a abrir,
no ano seguinte, a primeira das suas atuais 17
livrarias. Este comportamento do mercado também
é observado em países como a Alemanha, Reino
Unido e Itália. E quando se compara a
reciclabilidade dos dispositivos eletrónicos face
ao papel, não há dúvidas de quem é o vencedor na
vertente da sustentabilidade e da economia circular.
Há 2 mil anos que usamos o papel, mas nos
tempos modernos, há renovadas razões para
o continuarmos a fazer.

O QUE NOS LIGA


AO PAPEL

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