Valor Econômico (2020-08-01, 02 e 03)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 16 da edição"03/08/2020 1a CAD A" ---- Impressapor LGerardi às 02/08/2020@21:05:1 6


A16|Valor|Sábado,domingoe segunda-feira, 1, 2 e 3 de agosto de 2020

EntrevistaParaHatzius,doGoldman,retomadaseguiráo


cursoàmedidaqueomundoaprendeavivercomovírus


‘A tividade global


vai continuar


a se recuperar’


Sergio Lamucci
De São Paulo

Oeconomista-chefe global do
GoldmanSachs, JanHatzius,tem
umavisãomaispositivasobreas
perspectivas para aeconomia
mundial do que o consenso dos
analistas,emboranãomenospreze
osriscosdacrisecausadapelapan-
demiadacovid-19.Paraele,aativi-
dadeglobaldevecontinuarasere-
cuperar,àmedida que omundo
aprende a vivercom o vírus,man-
tendo restrições seletivas comoo
uso de máscaras eaproibição de
grandesaglomerações.
O economista vê uma retomada
mais firme na China, se dizotimis-
ta com as perspectivas de recupe-
raçãoda Europa eaponta um ce-
náriomenosfavorávelparaosEUA
no curto prazo,com a reversão
parcial das atividades no setor de
consumo, depoisda reabertura
precoce em vários Estados.Para
2021, porém,Hatzius projeta um
crescimentode 5,8% para aecono-
mia americana, uma altaconside-
rável,quedeveseseguiraumtom-
bode4,6%nesteano.
“Ainda há muitoespaçopara
normalização[da economia]”, diz
ele. “Nósestamoscom umavisão
acimadoconsensoedemodogeral
a minhavisão é acimado consenso
para vários lugares. Mas estoucon-
fortávelcomaideiadequeestamos
muitodeslocados, entãoépossível
terdevoltaumaparcelarazoável
daatividade”, afirmaHatzius.
Para ele, muitosanalistassu-
bestimam oimpactoque a nor-
malização da economiapodeter
sobreo crescimento. Isso ajudaa
entender asua visãomaispositi-
vasobrearetomada.
Na visão de Hatzius, há setores
da economiacom recuperação em
“V”(uma queda acentuada segui-
da de uma expansãoforte). São os
casosdaindústriamanufatureirae
da construção, enquanto segmen-
toscomoserviçospessoais,viagens
aéreas eturismo deverão ter uma
trajetória em forma de “U”. A com-
posição da economia chinesa,
aliás, ajudaaentenderpor que o
país asiático deverá superar o de-
sempenho de outras economias,
dadoopeso maiordo setor manu-
fatureiroedaconstrução,dizele.O
Goldman Sachs projeta um cresci-
mentode3%paraaChinaem
ede8,1% em 2021. Para comparar,
o Fundo Monetário Internacional
(FMI)estima expansão de 1% neste
anoede8,2%noanoquevem.
Ao tratardos emergentes, Hat-
zius vê os países asiáticos em me-
lhor forma, com aAmérica Latina
enfrentandouma situaçãodifícil
paralidarcomovírus.Ospaísesda
Europa central e do Leste Europeu
ficam no meio do caminho. Ao fa-
lar rapidamentesobreoBrasil,
Hatzius diz que apandemia é um
problemana América Latina,ob-
servandoque oGoldman Sachs es-
timauma retraçãodo PIB de 7,7%
em 2020, comum recuperação
apenas parcial em 2021, prevendo
umcrescimentode4%.
Em relatório escritoháalgumas
semanas, oGoldmanSachsressal-
ta a importância do uso de másca-
ras e comoisso podeevitar um ba-
que na economia.Segundoesti-
mativa da equipe de Hatzius, uma
determinação nacional para auti-
lização de máscaras reduziriaata-
xa de crescimento diáriode casos
da doença em 1pontopercentual,
para0,6%.Alémdisso,elestraduzi-
ram os resultados em termos de
PIB,questionandooquantooíndi-
ce de confinamentoefetivo do
Goldman Sachs precisaria aumen-
tar paracortarataxa de infecção
namesmamagnitudequeumade-
terminação federal parao uso de
máscaras, estimandoentão o efei-
to sobre a economia. Segundoos
cálculos, uma ordem federal para
uso de máscaras nos EUApoderia
substituir “lockdowns” maisam-
plos,quetenderiamasubtrairper-
tode5%doPIB,estimaHatzius.Pa-

ra ele, os resultados tendem ase
aplicar aoutros países comoo Bra-
sil. Aseguir, os principais trechos
daentrevista.

Os efeitos da pandemia sobrea
economia global
“Achoque haverá alguns efeitos
cíclicos e alguns efeitos estrutu-
rais”, diz Hatzius. “Eucolocaria a
ênfasenos efeitoscíclicos, no sen-
tido de que ochoque no PIB, em-
prego eorçamentodos governos é
muito grande. No fim das contas,
porém,a minhaexpectativa é que
haverá uma solução médica, mui-
to provavelmenteenvolvendo
uma vacina. Nós não sabemos exa-
tamente quando isso vai ocorrer,
mas acredito que deva ocorrer no
próximoano ou algo assim,per-
mitindo que nós façamos muitas
coisas que não podemos fazer, co-
mo viajar eatividades relaciona-
das ao serviços de consumo. E, cla-
ro,háoslegadosdacrise,osefeitos
macroeconômicos, paraos orça-
mentos dos governos eprovavel-
menteparaoníveldos juros por
um longo tempo, mas não acho
que esses fatores vão ter um peso
tãodramáticosobreaeconomia.”

Aceleração tendências de longo prazo
“Acho que estamosvendoalgu-
mas tendências de longoprazo,
que já ocorriam antesde fevereiro
e março, sendoaceleradas pela cri-
se atual. É o caso da mudança do
varejo,para compras on-line, por
exemplo, o que jáestavam em cur-
so,sendoestimulado.Hátambém
a questão de maisreuniões vir-
tuais. Não achoque isso vá voltar
aopassado.Vocêmencionouasca-
deiasde oferta,algo que também
podeter mudanças de prazo mais
longo, oque provavelmente já
ocorria em algumamedida na es-
teirada guerra comercial. Todas
essascoisas têm importância, mas
os deslocamentos cíclicos macroe-
conômicos de curto prazosão
muitomaiores,naminhavisão.”

O impacto dos juros baixos
“Haverá um longo período de
jurosbaixos.No caso dos Estados
Unidos,anossaatual expectativa é
que não haja aumento de jurosaté
algum momentoem 2025,embo-
ra eu deva enfatizar que há muita
incerteza arespeito. Umadas con-
sequências dessecenário éque o
valorde ativos financeiros que
produzemfluxode caixa, como
ações, émais alto do que seria em
outrocenário.Esse éummotivo
importante pelo qual os mercados
de ações em muitos lugares vão
melhordo quemuitos analistas
pensavam. As ações vão bem num
cenário de recessãoprofunda em
muitos lugares. Os juros são uma
parteimportantedarespostaaqui.
Isso também é verdade para ativos
demercadosemergentes,emprin-
cípio.Hámuitosresultadoseconô-
micosnegativos em muitas econo-
miasemergentes, mas os ativos fi-
nanceirosnão foram mal comose
pensaria.Isso éuma boa coisa em
alguma medida, porque ajudaa
estabilidade financeira. É algo,
porém,que podese tornarruim,
porque existesempreum risco de
fluxos de capitais mais desestabili-
zadores paramercados emergen-
tes, se houver um ambiente de ju-
ros baixos muitosustentado e a
economia globalparecer um pou-
co mais normalnovamente, levan-
do no fim das contas adesequilí-
brios econômicosetalvez a bolhas
de alguma espécie eaumpouso

forçadoao longo do caminho. Isso
é algoque as autoridades terão
que monitorar. No momento, po-
rém,parece algo muito prematu-
ro, porqueestão lidando com ris-
cos maisimediatos, comoaques-
tão de saúde, as mortescausadas
pela pandemia, assimcomoa re-
traçãodaeconomia.”

Riscode bolhasde ativos
“Esse é um aspecto para se olhar
em prazosmais longos. Estoumais
focadonos resultados na área de
saúde e oque as autoridadespo-
demfazerparadiminuiradissemi-
naçãoda doença.Odesempenho
nos EUA,noBrasil eemoutrospaí-
sesfoibastantepobre.Emsegundo
lugar,amorteceremitigaroimpac-
todaquestãodesaúdesobreaeco-
nomia émuito importante.Apolí-
ticafiscaleapolíticamonetáriasão
muitoimportantes.Entre as preo-
cupaçõesdemaislongoprazo,háa
questão da estabilidadefinanceira.
Não acho que sejaum temaprinci-
pal para 2020,mas podese tornar
importantedenovo.”

Perspectivas para a China
“A China basicamente teve
umarecuperaçãoem ‘V’em vá-
rias áreas.Agoranós estamosde
voltaà tendência préviade cres-
cimentoparaaeconomia.Obom
controledo víruséum aspecto
disso.Eles foramextremamente
agressivosnessaestratégia. Além
disso, há a questãoda estrutura
industrial,em que amanufatura
é umaparteimportanteda eco-
nomia, com uma fatia muito
maior do quenas economias
avançadas.Essa é umaárea que
podevoltarmaisrápidodo que
em serviçosao consumo.Eo ter-
ceiropontoéque émais fácil im-
plementarpolíticasesegui-las.
Achoque em sua maiorparteo
impactodo vírusficoupara trás.
Nós vamosver taxasde cresci-
mento maisnormaisdo que are-
cuperaçãoextraordinária do se-
gundotrimestre.Para o ano co-
moumtodo,esperamosumcres-
cimentode3%.”

Otimismocoma Europa
“Eu tenhootimismode que a
Europapossa ter umarecupera-
ção econômicarápida.Primeiro,
a Europatomou um grandegol-
pe no começodo segundotri-
mestre,emmarçoeabril.Comis-
so,areaçãoocorreua partirde
um nívelmuitobaixoda ativida-
de. Em segundo lugar,aEuropa
fez um bomtrabalhocontrolan-
do o vírus,éverdadeque com al-
gunssoluçosmaisrecentemente,
comona Espanha. Mas em geral
fizeram um bomtrabalho. Em
terceiro,as autoridades euro-
peias,depoisde umahesitação
inicial, se uniramepassarama
ser muitomaisagressivosem
proverapoio,com oBCE [Banco
CentralEuropeu] eoFundo de
RecuperaçãoEuropeu.Com tudo
isso, não é surpreendente que os
indicadores europeus conti-
nuema sair acimado esperado.
Euestoubastanteotimistaemre-
laçãoa isso. Eu devoobservar,
contudo, que as perspectivasde
crescimentode longoprazona
Europasão pobres.Nadamudou
em relaçãoa isso. Se eu pegaro
crescimentopotencialde longo
prazo,eleprovavelmenteestáem
apenas 1% ao ano.Oa umentoda
produtividade élento, há ques-
tões estruturais, comooenvelhe-
cimentoda população.Nada dis-
so mudou,mas falandode recu-
peração agoraaEuropaestá bem
posicionada.”

Perspectivas para os EUA
Hatzius diz estar confortável
comasuaprojeçãode uma contra-
ção do PIB dos EUA de 4,6% neste
ano. “Por confortável, eu querodi-
zer que não há muita pressão para
mudá-la no momento, embora ha-
ja muitaincerteza a respeito”, afir-
ma ele. No começo do mês, ele re-

duziuaestimativade -4,2%para -
4,6%,depoisde um aumento de ca-
sosdadoençanopaís,quesesegui-
ram à reabertura em vários Esta-
dos. O impactonegativosobreos
serviços de consumolevaramàre-
visão da estimativa. No segundo
trimestre,a economiaamericana
encolheu 32,9% em termosanuali-
zadosecomajustesazonalemrela-
ção ao primeiro. Para o terceiro tri-
mestre, o GoldmanSachsestima
um crescimento anualizado de
25% na comparaçãocom o segun-
do. “Umapartedesses 25% está da-
da pelo desempenho ao longo do
segundo trimestre.Maiofoi bem
maisalto que abril,ejunhobem
maisalto que maio’”, diz Hatzius.
Comisso, oPIB vai para oterceiro
trimestre com um crescimento
maisfortejácontratado.

Crescimento dos EUA em 2021
Para oano que vem,Hatziuses-
pera um crescimento de 5,8% para
a economiaamericana, acima dos
4,5% projetados pelo FMI, que esti-
maaindaumaquedadoPIBameri-
canode 8% em 2020.“Se a situação
dovírusficarmaissobcontrolenos
próximostrimestres,e essa é a nos-
sa expectativa —há alguns sinais
iniciais disso nos dados de alta fre-
quência,comoalgumdeclínio na
taxa de reprodução —, isso sugere
que nós devemosvoltarao cami-
nho que leva a economiaaserecu-
perar.Não acho que teremos cres-
cimentona casa de vinte epoucos
por cento[anualizado,comono
terceirotrimestredesteano],mas
ainda acredito que poderemos ver
taxasdecrescimentosignificativas.
Ainda há muitoespaçoparanor-
malização, levando para níveis
mais elevados de PIB. Nós estamos
com uma visãoacimado consenso
ede modogeralaminhavisão é
acima do consenso para vários lu-
gares. Mas estouconfortável com a
ideia de que estamosmuito deslo-
cados, então é possívelter de volta
uma parcela razoável da atividade,
mesmo se houveralgunsimpactos
de longoprazo”, afirma Hatzius.
Para ele, muitosanalistassubesti-
mamo efeito de normalização da
economiaparaocrescimento.

Eleiçõespresidenciaisnos EUA
“Eu olhoparaas mesmaspes-
quisasquevocêolha,easprevisões
demercadoagoraindicamqueJoe
Bidentem um pouco maisde 60%
de probabilidade de ganhar. A vi-
são geraléque Bidenestá àfrente
nos principais Estados-pêndulo
[aquelesemquenãoháumaprefe-
rência clara por candidatos demo-
cratasourepublicanos].Masaelei-
ção ainda será daquiaquatrome-
ses e muitacoisa pode ocorrer.Tal-
vez asituaçãodo vírus esteja me-
lhor maisperto da eleição, oque

ajudariaDonald Trump. E há mui-
ta incerteza sobre amecânica da
votação, especialmentenum am-
bientedepandemia.

Osefeitosdaguerracomercial
Umagrande pergunta é se os
principais problemaseconômicos
serão novamenteengolfados pela
questão.Não parecehaver um
grande desejodos dois lados de
reacender aguerracomercial, mas
estamosnosaproximandodaselei-
ções. Trumpestá numaluta muito
difícil pelareeleição enão se pode
descartar que haja novosproble-
masnaquestãocomercial.Masesse
nãoéonossocenário-base.Onosso
cenário-baseéque as questões en-
treEUAeChinavãoprovavelmente
moldarospróximosanosenolado
comercialnãovãovoltarondeestá-
vamosemmeadosde2019.

Para Jan Hatzius,do GoldmanSachs,muitos analistas subestimamo efeito de normalizaçãoda economiapara o crescimento


Aindahá muito
espaçopara
normalização.
Nós estamos
comumavisão
acimado
consenso de
modogeral”


Há setores
que terãouma
recuperação
maisem
formade
‘V’, como
manufatura e
construção”

O uso de máscaras e o PIB
Em relatório, Hatziusedois eco-
nomistas de sua equipe tratamdo
efeitodeumadeterminaçãonacio-
nal paraousode máscaras nos
EUA,concluindoque podeser um
substituto importanteparaqua-
rentenasmaisamplas. “Nóscon-
cluímosque ouso de máscarase
determinações paraousode más-
carassão extremamente efetivos
para reduzir infecções.Houveuma
grande mudança em relaçãoàvi-
sãodacomunidadedesaúdesobre
otema no começoda crise.Anossa
análise também mostra que esta-
tisticamente,com base em avalia-
ção entre as regiõesdos EUA e uma
base internacional, há uma ligação
muitoforteentremudançasnouso
demáscarasedeterminaçãoparao
uso de máscaras e adisseminação
do vírus”, diz ele. Umadetermina-
ção nacional paraa utilizaçãode
máscarasreduziriaataxadecresci-
mento diáriode casos da doença
em 1 ponto percentual, para 0,6%,
segundoo estudo.Ore latório tam-
bémtraduzos resultadosem ter-
mos de PIB,questionando oquan-
to oíndice de confinamento efeti-
vodoGoldmanSachsprecisariasu-
bir para baixar a taxa de infecção
namesmamagnitudequeumade-
terminaçãofederal paraouso de
máscaras,estimandoentãooefeito
sobrea economia. Segundo os cál-
culos, uma ordemfederal para uso

demáscarasnosEUApoderiasubs-
tituir “lockdowns” mais amplos
quetenderiamsubtrairpertode5%
do PIB. Para ele, essasconclusões
tendem ase aplicartambémaou-
trospaísescomooBrasil.

A situaçãodos emergentes
“A situação do vírusna América
Latinatemsidoobviamentedifícil.
Não é o único lugar;isso também
ocorre na Índia. Na Ásia, tirando
esse país, eles foram maisbem-su-
cedidos em conter ovírus, embora
haja algumasdúvidas sobre os nú-
meros.EudiriaqueaAméricaLati-
na está de modo geralnuma posi-
ção maisdifícil, enquanto a Ásia
numasituaçãomelhor.JáaEuropa
centraleado Leste,asoutras prin-
cipais regiões emergentes, estão
provavelmenteemalgumlugarno
meiodo caminho. Isso não se refe-
re apenas àdisseminação do vírus,
mas tambéma outrosfatores.A
China teve umarecuperação eco-
nômicatão fortequevai ajudar as
economias emergentes menores
pertodopaís.”

A situaçãodo Brasil
“O fato de apandemia ser um
problemaem toda a América Lati-
na éuma questão.Anossa proje-
ção para o Brasilneste ano é de
umaforte queda do PIB, de 7,7%.
Acreditamos que haverá umare-
cuperaçãono ano que vem,mas
apenasparcial,de4%.”

Retomadaglobal será um “V” parcial?
“Acho que a parteinicialda re-
cuperaçãoem várioslugarespa-
recebastantecomum‘V’. NaChi-
na emespecial, mas mesmonos
EUA ena Europahá uma norma-
lizaçãomuitorápidaem partes
da economia,principalmente na
indústria manufatureira e na
construção. Outrasáreasvão ter
que esperarumavacina ou uma
soluçãomédicamaisampla,es-
pecialmentecomoviagens aé-
reas,turismoeserviçospessoal.
Há setoresque terãoumarecu-
peraçãomaisemformade‘V’, co-
mo manufaturaeconstrução, e
outrossetoresque serão maisem
‘U’,casosdeserviçosdeconsumo.
Achoque partedos motivospe-
los quaisaChinadevesuperar
outraseconomias éque manufa-
turase construçãosão umapar-
cela maiorda economia. Houve
umaforteperturbação, mas eles
se recuperaram muitorapida-
mente.” Em relatóriosobreaeco-
nomiaglobal, Hatziusdiz que
umade suas estimativas-chave é
que atividademundialcontinua
a se recuperar, “à medidaque o
mundoaprendea vivercom oví-
rus, mantendorestriçõesseleti-
vas como[o uso] de máscarase o
vetoagrandesaglomerações”.

Especial


CHRISTOPHERGOODNEY/BLOOMBERG
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