Clipping Banco Central (2020-08-02)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 2 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

PAINEL


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Autor: Camila Mattoso com Mariana Carneiro,
Guilherme Seto e Nathalia Garcia

Gatilho

A criação da nova cédula de R$ 200 vai na
contramão do combate à lavagem de dinheiro,
segundo especialistas. Para tomar a decisão, o
Banco Central não consultou nenhum dos
órgãos de controle e investigação, como Coaf e
o Ministério da Justiça. Nos últimos anos, o BC
e outros órgãos do governo vêm buscando
estratégias para reduzir a circulação de dinheiro
em espécie com o objetivo de diminuir crimes
financeiros. O banco diz, no entanto, que não há
contradição entre as medidas.

ATUAÇÃO


Criada em 2003 por iniciativa do Ministério da
Justiça, a Enccla (Estratégia Nacional de
Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro)
colocou como prioridade a proposição de
medidas para aprimorar controles ao uso de
dinheiro em espécie para prevenção a ilícitos.
Como resultado, elaborou um anteprojeto.

CUECA

Investigadores dão exemplos de doleiros que
foram descobertos na Lava Jato, que
transportavam dinheiro em voos pelo Brasil. A
capacidade de ocultação no corpo é limitada: R$
300 mil se as notas fossem de R$ 100, e de R$
150 mil se fossem de R$ 50, segundo
inquéritos. Com a nova cédula, eles poderiam
levar R$ 600 mil, estima-se.

VEJA BEM

Em nota, o Banco Central afirmou que o país
tem normas de combate à lavagem alinhadas às
melhores práticas internacionais e as ações da
Enccla avaliaram medidas de restrição e
controle, "mas não contemplaram sugestão de
exclusão de cédulas de maior denominação".

E MAIS

"A denominação das cédulas não influencia nas
medidas propostas naquele anteprojeto de lei. O
lançamento da cédula em nada afronta a
proposta". Segundo o BC, a criação da nota é
ação preventiva por causa do entesouramento
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