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Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - País
domingo, 2 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

ANALÍTICO - Pós-auxílio vira o


principal dilema para Bolsonaro


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Autor: MIGUEL CABALLERO

Responsável pelo fôlego na popularidade do
presidente Jair Bolsonaro mesmo em meio a
circunstâncias adversas - a má gestão da crise
sanitária e o avanço de investigações judiciais
contra aliados e seu filho mais velho são
exemplos - , a cobertura social provida pelo
auxílio emergencial de R$ 600 está no centro do
principal desafio que Bolsonaro terá nos
próximos dois anos: manter o amparo direto aos
enormes estratos mais pobres da população
sem que eventual irresponsabilidade fiscal
inviabilize seu governo.

De um lado, alas do Planalto defensoras de que
é preciso gastar, boa parte do Congresso e,
principalmente, o tentador argumento de que a
injeção de dinheiro diretamente no bolso das
famílias garante apoio popular. Do outro, o
pensamento econômico de certa forma
hegemônico no país que instituiu o teto de
gastos em 2017 e os alertas das contas públicas
o simples fato de que dinheiro não nasce em
árvore.

A necessidade de socorrer dezenas de milhões
de brasileiros que foram à renda zero em
poucos dias por causa da pandemia criou a
oportunidade para deixar de lado a austeridade
prometida na campanha.

Ao custo de cerca de R$ 50 bilhões por mês,
porém, o auxílio emergencial tem vida curta
nesse patamar, realidade admitida por
economistas de quaisquer tendências.

Logo à frente, o plano é conhecido: substituir o
auxílio, e outros programas sociais, por uma
Renda Brasil que tenha a marca do atual
governo.

Ninguém sabe qual tamanho terá esse futuro
programa de assistência social, em custos aos
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