Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - País
domingo, 2 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistascofres públicos ou abrangência na população.
É possível prever que ele estará em algum
ponto entre o piso do Bolsa Família identificado
com as gestões petistas e o teto da atual
"Bolsa do Capitão", como ficou conhecido o
auxílio emergencial em algumas regiões do
país, conforme mostrou recente reportagem da
revista Época.
Especialmente quando se trata de fazer
projeções, a economia é uma ciência inexata.
Bolsonaro certamente deseja que o futuro
Renda Brasil alcance o maior número de
brasileiros e tenha o maior valor mensal
possível sem que o país quebre - ou ao menos
que isso só aconteça depois das eleições de
2022.
Até aqui, o presidente, ao que tudo indica, tem
superado outros imaginados terremotos para
sua gestão. O rompimento com Sérgio Moro e
a aliança com partidos e caciques símbolos do
fisiologismo formam uma gritante contradição
com o discurso eleitoral. São movimentos que
erodiram em parcelas do eleitorado o apoio a
Bolsonaro, mas é possível que esse abalo
tenha sido superestimado.
Convertido às vésperas de ser eleito ao
discurso liberal com o qual angariou a adesão
de parte da elite brasileira, Bolsonaro parece
descobrir na pandemia que minimizava
possibilidades de se ancorar no apoio popular
que pode sustentá-lo em 2022.
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas