Clipping Banco Central (2020-08-02)

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Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Política
domingo, 2 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

André Brandão assumirá o BB


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Autor: ALESSANDRA AZEVEDO

Após uma série de perdas na equipe, o ministro
da Economia, Paulo Guedes, conseguiu manter
o controle do Banco do Brasil e acertou com o
presidente Jair Bolsonaro a escolha de André
Brandão para a presidência da instituição. Com
quase de 30 anos de experiência no mercado
financeiro, o atual executivo do HSBC
substituirá Rubem Novaes, que renunciou ao
cargo em 24 de julho. Brandão já aceitou o
convite, mas Bolsonaro ainda precisa oficializar
a nomeação. O trâmite, até o novo comandante

do BB assumir a função, deve durar cerca de
uma semana.

Com a escolha de Brandão, depois de ver três
integrantes do time deixarem o governo federal
em menos de um mês, Guedes quis mostrar
que ainda tem autonomia nas decisões e
preferência por nomes do mercado. Em vez de
aderir a soluções caseiras, como a promoção de
um dos atuais vice-presidentes, o ministro fez
questão de emplacar alguém com perfil parecido
com o do atual presidente do Banco Central,
Roberto Campos Neto: relativamente jovem,
que agrade o setor privado e com experiência
em direção de instituições financeiras.

Brandão cumpre bem os requisitos. Passou pelo
menos 10 anos no Citibank e os últimos 17, no
HSBC. Antes de assumir a presidência do BB,
ele precisa se descompatibilizar do banco, o que
explica parte da demora na nomeação. Pelos
trâmites previstos em lei, o primeiro passo é a
indicação, pelo Palácio do Planalto, do
escolhido para o Banco do Brasil, que
submeterá o nome ao Comitê de Remuneração
e Elegibilidade. Depois de aprovado, vem a
publicação da nomeação no Diário Oficial da
União e o envio de um fato relevante à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à
Bolsa de Valores.

Para Guedes, a escolha por Brandão sinaliza
compromisso com as pautas econômicas e
evidencia o movimento de aproximação do
governo com o Congresso. Desde que
Bolsonaro se aliou a deputados do chamado
Centrão para conseguir alguma base de apoio
no Legislativo, a "ala ideológica" tem perdido
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