Clipping Banco Central (2020-08-02)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 2 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - COAF

Também apontam que Aras - que chegou ao
cargo por indicação de Bolsonaro, sem
participar de votação interna da classe - não
tem liderança nem diálogo com os pares e
tenta se cacifar para uma das duas vagas que
serão abertas para o Supremo até 2021.


Em 10 de setembro vence o prazo para
renovação da força tarefa da Lava Jato no
Paraná, grupo composto por 14 procuradores
da República. A renovação significa manter
toda a estrutura hoje disponível, não apenas de
procuradores, mas também servidores de
apoio, que atuam em áreas de assessoria
jurídica, análise, pesquisa e informática. No
Rio, o prazo é 8 de dezembro.


Já a força-tarefa em São Paulo não tem
designações em bloco, ou seja, possui prazos
distintos para cada um dos seus membros. O
grupo observou que o número de integrantes
que atuam com dedicação exclusiva à Lava
Jato pode cair pela metade a partir de
setembro. "A correção de rumos não significa
redução do empenho no combate à corrupção",
disse Aras, em uma live com um grupo de
advogados na terça-feira. "O lavajatismo há de
passar."


A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do
MPF já pediu a prorrogação das forças-tarefa
por ao menos seis meses. Aras ainda não
decidiu sobre o caso, mas na semana
retrasada lançou um teste de novo modelo de
força-tarefa, abrindo uma consulta para que


todos os membros do MPF possam colaborar
com as investigações. Para ele, o formato atual
está esgotado e custa muito.

Se o edital vingar, o modelo de dedicação
exclusiva está ameaçado. "A vida exige
coragem e coragem não me falta. Não tenho
receio de desagradar", disse Aras na sexta-
feira durante uma tensa reunião do Conselho
Superior do MPF (CSMPF), marcada pela
leitura de uma carta com críticas de quatro
conselheiros à atuação do procurador-geral.
"Um Mi- nistério Público desacreditado, instável
e enfraquecido somente atende aos interesses
daqueles que se posicionam à margem da lei",
escreveram os subprocuradores Nicolao Dino,
Luiza Frischeinsen, José Adonis e Nívio de
Freitas.

'Segredos'. Outro ponto levantado pela cúpula
da PGR contra a "República de Curitiba" são os
"segredos", informações dispo- níveis nas
mãos dos procuradores, que poderiam estar
avançando sobre autoridades com prerrogativa
de foro. A pedido de Aras, o presidente do STF,
Dias Toffoli, determinou em julho que as forças-
tarefa da Lava Jato do Paraná, Rio e de São
Paulo compartilhassem com a PGR "todas as
bases de dados" que subsidiam investigações
em curso.

Após receber os dados, Aras disse que, se
todo o MP tem 40 terabytes, só Curitiba possui
350 terabytes e 38 mil pessoas com dados
depositados. "Ninguém sabe como foram
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