Clipping Banco Central (2020-08-02)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 2 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

no entanto, descartou a recriação do tributo.


"Eu não sou a favor da CPMF. Acredito que,
neste momento, nosso primeiro e maior desafio
é emplacar a tramitação da reforma,
promovendo justiça tributária e incentivando o
crescimento", disse.


Não é de hoje que o ministro testa areação do
Congresso em relação à contribuição
compulsória. Em setembro do ano passado, o
então secretário da Receita, Marcos Cintra, foi
demitido após propor a recriação do tributo.
Desde então, foram várias as ocasiões em que
Guedes sugeriu que seria preciso compensar
programas do governo com uma nova CPMF.


Em todas elas, o Congresso se mostrou
refratário à ideia. O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o primeiro a
encabeçar tuna campanha contrária ao
imposto, que, segundo ele, não passa.


Em seminário promovido pela Folha na quinta-
feira (30), Maia ironizou as tentativas da equipe
econômica de renomear o imposto para tentar
melhorar a aceitação.


"Minha crítica não é se é CPMF, se é
microimposto digital, se é um nome inglês para
o imposto para ficar bonito, para tentar enrolar


a sociedade. Minha tese é a seguinte: nós
vamos voltar à mesma equação que foi de
1996 a 2004, 9% de aumento da carga
tributária", disse.

Em um elemento que dificulta os planos de
Guedes, o secretário do Tesouro, Bruno
Funchal, afirmou nesta semana que
independentemente de eventuais ganhos de
arrecadação, novos programas ou benefícios
precisarão se enquadrar no já restrito teto de
gastos.

"Para a gente andar com programas que gerem
despesas primárias, temos de reduzir outras
despesas", disse. "O principal ponto [da
reforma] é ter uma política que melhore a
eficiência tributária e focar na qualidade da
despesa", disse.

Desse modo, mesmo que o governo use
recursos da nova CPMF para bancar a
expansão de programas sociais, por exemplo,
ainda será necessário cortar gastos em outras
áreas.

Em outro ponto da reforma, a assessora de
Guedes Vanessa Canado, que participa da
formulação das medidas, disse que o setor de
serviços não será prejudicado pela unificação
de PIS e Cofins.
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