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O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia & Negócios
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Bolsa de Valores

A corretora que transformou a Bolsa


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Autor: Jenne Andrade

No dia 16 de julho de 2020, uma história de três
gerações chegou ao fim na Bolsa de Valores. A
data marca o movimento de compra da fintech
Neon Pagamentos pela Magliano, um
sobrenome que se confunde com o mercado
acionário brasileiro.

"A Bolsa era desconhecida pela maior parte das
pessoas, vista como um cassino, uma casa de
apostas", explica Raymundo Magliano Filho, ex-
presidente da Bovespa (atual B3) e principal
acionista da Magliano Invest - corretora com 93

anos de existência, registrada sob o número
0001 na Bolsa de Valores.

Magliano Filho é o fundador que deu nome à
empresa e se tornou um corretor oficial da então
Bolsa Livre de São Paulo, ainda em 1927,
quase 40 anos antes da lei que regulamentou o
mercado de capitais no Brasil ser criada.

"Antes da Lei 4.728, de 1965, não existiam
sociedades corretoras, só corretores pessoas
físicas, como o meu pai", diz Magliano Filho.
"Eram profissionais que tinham fé pública, em
que as pessoas depositavam inteira confiança."

Na época, os corretores pessoas físicas se
aglomeravam em pregões de 30 minutos na
Bolsa Livre de São Paulo para comprar títulos
públicos, fazer câmbio e negociar apólices da
prefeitura e do Estado. Ações ainda eram ativos
bem mais raros aliás, as operações eram
registradas em lousas e as negociações feitas
com um papel por vez, em ordem alfabética.

Outro fator é que, diferentemente de hoje, em
que os investidores têm muita informação sobre
como o dinheiro está sendo gerenciado, nos
anos 1920 o corretor fazia todas as operações
sem que o cliente pudesse acompanhar
qualquer detalhe das transações. A confiança
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