Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia & Negócios
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Bolsa de Valores

no profissional era a base principal, senão a
única, para manter o relacionamento entre
assessor e cliente.


"As pessoas ligavam para o escritório do meu
avô, conversavam com ele sobre o que era
para comprar ou vender, ele anotava, ia para a
Bolsa de Valores e fazia os negócios. Quando
voltava para o escritório, ligava para os clientes
para falar dos resultados", comenta Raymundo
Magliano Neto, atual presidente da corretora.


Apesar de parecer ultrapassa- do hoje, no
mundo dos home brokers e robôs de
investimento que fazem operações em
milissegundos, o uso do telefone foi
considerado algo pioneiro e visionário na
época. O fundador Raymundo Magliano foi o
dono de uma das primeiras linhas telefônicas
de São Paulo.


Foi por meio de "nova tecnologia telefônica",
que, em 1965, quando a Lei 4.728 entrou em
vigor, Raymundo Magliano chamou um office
boy para levar até a Bolsa os documentos que
liberariam, enfim, a atuação da Magliano como
sociedade corretora.


"Essa foi a grande transformação que houve no
mercado de capitais, quando os corretores
deixaram de ser pessoas físicas e passaram a
ser, de fato, empresas", aponta Magliano Filho.
Depois da Magliano, a número 0001 no registro


da então Bovespa, outras 133 corretoras se
registraram na Bolsa.

Educador financeiro. Hoje, a Bolsa detém
pouco mais de 2,5 milhões de CPFs. Um
número pequeno, considerando que o Brasil
possui 209 milhões de habitantes. Há 40 anos,
situação era bem pior.

A educação financeira se tornou um marco na
trajetória de Raymundo Magliano, não só como
presidente da Bovespa, mas na corretora. "Meu
pai foi o primeiro a escrever uma revista,
chamada 'Corretor de Câmbio, para divulgar o
mercado de capitais. Nós tentávamos vender
elas nas bancas", relembra Magliano Filho.

Além da revista, ainda na década de 1970, a
corretora também foi uma das primeiras a
distribuir análises e relatórios para os clientes -
procedimento padrão atualmente. Carlos
Arnaldo Borges de Souza, atual vice-presidente
da Ancord e sócio da Planner, atuou na área de
underwriting da Magliano Invest e testemunhou
os grandes momentos da empresa.

"Trabalhei com os Maglianos no fim dos anos
1980 e começo dos anos 1990", diz Souza.
"Era muito inovadora para a época, tinha quase
500 funcionários, uma potência em câmbio,
líder em Bolsa e renda fixa."
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