Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

[email protected] RIO DE


JANEIRO


Correção de rumo


Está mais do que claro que o sr. Augusto Aras
procura o estrelismo, quer ser a cereja do bolo.


Ele quer acabar com a Lava Jato para agradar
a seu patrão e se cacifar para a vaga no
Supremo Tribunal Federal (STF) que será
aberta em novembro com a saída do ministro
Celso de Mello, que vai se aposentar. Simples
assim.


KÁROLY J. GOMBERT


[email protected] VINHEDO


De herói a vilão


Para Augusto Aras, o problema do Brasil não
são os corruptos, é a Lava Jato, ou melhor, é
Sergio Moro. O ex-ministro da Justiça tem de
desaparecer do mapa. É persona non grata
para os petistas, bolsonaristas, OAB, PGR e
até para o presidente do STF, que lançou a
proposta de quarentena de oito anos para ex-
juízes se lançarem candidatos a cargos
políticos eletivos, proposta que imediatamente


foi encampada pelo presidente da Câmara,
Rodrigo Maia. É bom lembrar que todas as
decisões de Moro na Lava Jato foram
confirmadas por tribunais superiores. Mas de
repente ele passa de herói a vilão. Moro é o
adversário a ser batido.

J. A. MULLER


[email protected]


AVARÉ


Quarentena geral

O principal objetivo da proposta de oito (!) anos
de "quarentena" para juízes e promotores se
candidatarem a cargos políticos eletivos é, de
fato, absolutamente claro: impedir a
candidatura de Sergio Moro a presidente em


  1. Não fosse isso, teria sido acompanhada
    pela indispensável ressalva: somente entraria
    em vigor após a próxima eleição presidencial. E
    ainda, se o objetivo fosse evitar o uso de
    "importantes cargos públicos" para angariar
    popularidade, essa quarentena deveria
    estender-se a todos os outros "importantes
    cargos públicos"! Não só na área do Judiciário,
    mas também nos outros dois Poderes. A
    começar pela Presidência da República,
    ministros de Estado, senadores e deputados,
    todos eles só poderiam disputar eleições após
    uma longa "quarentena". Afinal, ou há
    moralidade ...

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