Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Especial
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Ministério da Fazenda

economias, faz você repensar sobre que o
tamanho do Estado? Essa pandemia
enfraqueceu a teoria liberal, a da defesa de um
Estado mínimo?


São ações para amenizar a situação e preparar
terreno mais adequado para a retomada. Essa
atuação mostra o Estado no seu papel de
organização da cidadania para enfrentar
grandes desafios ou ameaças. Mas seu
tamanho não é necessariamente a melhor
indicação do que ele consegue fazer.



  • Dá para imaginar qual o mudança do papel do
    Estado no pós-pandemia? No caso do Brasil,
    qual deveria ser o tamanho do Estado e quais
    papéis ele deve exercer e de quais tem que
    sair?


Na ausência de um inimigo externo, o Estado
democrático foca nas expectativas da
sociedade. Ela tem articular, de maneira
realista, o caminho. A reconstrução pode
permitir um Estado melhor. A ajuda que a teoria
econômica pode dar nesse esforço são
princípios como concorrência, reconhecimento
do mérito, mecanismos de ampliação de
oportunidade de trabalho e ascensão
econômica, inclusive pela educação e
formação de patrimônio.



  • Pode-se dizer que mais da metade dos papéis
    que rodam o mercado financeiro hoje estão
    'pagando' juros negativos. Esse excesso de
    liquidez pode gerar uma nova bolha seja ela no
    mercado imobiliário ou nas bolsas?


Para muitos economistas, os juros negativos
tem elementos estruturais e demográficos. Na
medida em que se consome mais serviços, há
menos necessidade de capital físico. Por outro


lado, os baby boomers (geração nascida entre
1945 e 1965) são hoje o maior contingente
populacional, viveram uma grande expansão
econômica, acumulando muito patrimônio. E ao
envelhecerem, passam a ter menos apetite ao
risco e descobrem que poderão viver mais.
Assim, têm optado por poupar. Ambos fatores
levam a juros menores.


  • O excesso de liquidez pode beneficiar o Brasil
    no financiamento de projetos de infraestrutura?
    Saneamento especificamente?


Se soubermos oferecer nível de risco
compatível, sim. Para o Brasil, o saneamento
traz o bônus triplo: pode oferecer oportunidade
de investimento para o poupador local,
melhorar dramaticamente de vida das pessoas.
O mesmo vale para setores como o gás
natural, se o marco legal promover abertura do
mercado. É importante destacar que elevar
investimentos nessas áreas, além do bem estar
sol, significa uma boa vacina contra bolhas
financeiras.


  • Os bancos centrais do mundo vão ter que
    enxugar essa liquidez depois da pandemia?
    Serão rápidos o suficiente para evitar bolhas?


A maior parte dos bancos centrais estão
atentos a riscos de inflação e à estabilidade
financeira, e dispostos a combatê-los. E por
isso estarão atentos aos riscos fiscais.


  • A era da dominação do mercado financeiro,
    tal qual está desenhada hoje, está terminando?
    Qual será o novo papel das instituições
    financeiras?


O mercado se transformou por conta de
mudanças regulatórias que passaram a exigir
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