Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Política
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Reforma da Previdência

Agora, mais do que a minha felicidade, do que
meu desejo de ser presidente da Câmara,
tenho de ter responsabilidade com o país.
Antecipar o processo eleitoral da Câmara é
dividi-la no momento em que ela precisa estar
unida para aprovar medidas que ajudem o
Brasil a enfrentar os efeitos sanitários,
econômicos e sociais dessa crise", diz Ramos.


Salão de festas
O analista político Melillo Dinis compara o
afastamento do DEM e do MDB dos partidos do
Centrão, para uma posição de independência,
com movimentos de um baile, cujo ápice será a
eleição do próximo presidente da Câmara. "É
como se, em uma festa, eles largassem o par
dançante e fossem para o meio do salão. Em
um salão de festas, o baile está rolando. E
antes da coroação da rainha, vão para o centro
da sala os dois partidos que se uniram como
aliança democrática que serve de
funcionamento há muito tempo. Eles vão para o
salão de festas, dançam com a oposição,
dançam com os dissidentes do PSL, você tem
a festa acontecendo e, agora, eles estão no
centro do salão", descreve.


Mas, ao mesmo tempo que a ação do DEM e
do MDB enfraquece o Centrão e favorece um
candidato independente, a oposição, tida como
fiel da balança, equilibra-se na corda bamba,
sem unidade. Para Mellilo, o grupo,
principalmente o PT, terá de decidir se ajudará
na construção de um candidato independente
em detrimento de um bolsonarista, ou se
seguirá brigando por hegemonia. "Esse é o
dilema. Se ajudam na construção da direção da
Casa, para que funcione como anteparo e
contenção ao governo central, ou se fazem um
movimento de atrapalhar em nome de uma
ortodoxia de não se misturar com o Cidadania
ou com o PDT. O PT tem no (Carlos) Lupi uma


pessoa que sempre defendeu o Lula, mas tem
o Ciro (Gomes) com ressentimento do PT.
Tenho a impressão de que o baile se acelera, e
saímos da valsa do primeiro semestre, para
ritmos mais animados. Uma salsa ou um forró.
Quando chegar em novembro, dezembro, vai
ser um rock pesado", compara.

Por último, o analista avalia a situação de
Bolsonaro, que, com o Centrão enfraquecido,
deu cargos e levou "gato por lebre". "Não sei
se o Centrão é o centrão, o centro ou o
centrinho. E é nisso que dá colocar general
para fazer articulação política. Eles compraram
cartucho de munição sem pólvora. O que foi
vendido não se consolidou. Não há unidade no
Centrão. Não há disciplina. E não tem, sequer,
esse numerário todo que estão vendendo para
a articulação política do planalto. Mas tem outro
problema. Eles não estão nisso pelos olhos e
pela cloroquina do presidente. Estão em uma
relação de toma lá dá cá e não confiam no
governo, que não consegue, sequer, atender a
pleitos dos membros do Centrão nem oferecer
cargos sem ataques da ala radical de
apoiadores", alerta.

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Perfil 1 - Reforma da Previdência
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