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Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Política
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Bolsonaro apoia CPMF, mas sem


aumento de carga tributária


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Autor: INGRID SOARES

O presidente Jair Bolsonaro confirmou ontem ter
dado aval ao ministro da Economia, Paulo
Guedes, para testar a receptividade da criação
de uma nova Contribuição Provisória sobre
Movimentações Financeiras (CPMF). O chefe
do Executivo disse que não haverá aumento da
carga tributária e defendeu a substituição de um
imposto pelo outro ou a redução ou a extinção
de tributos, como o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). "O que eu falei com o
Paulo Guedes, você fala CPMF, né, pode ser o

imposto que você quiser, tem que ver por outro
lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a
tabela do Imposto de Renda, o percentual, ou
aumentar a isenção, ou desonerar a folha de
pagamentos, se vai, também, acabar com o IPI",
explicou.

Caso a proposta sofra rejeição pela população,
o presidente afirmou que não insistirá e "deixará
como está". Bolsonaro tem consciência de que
a medida enfrentará resistência no Congresso.
Sobre o envio da segunda fase da proposta do
governo de reforma tributária, o mandatário
afirmou que ainda não há previsão. "Ela só vai
para o Congresso depois de assinatura minha.
Não tem aumento de carga tributária, tem para
substituir imposto. Se for aumentar, pessoal não
aguenta mais pagar imposto, não", declarou.

Esta foi a primeira vez em um mês em que o
presidente conversou com jornalistas. Sem
máscara, Bolsonaro aproveitou para dar um
passeio de moto, ontem, em um comboio ao
lado do ministro-chefe da Secretaria de
Governo, Luiz Eduardo Ramos. A cena foi
postada no Facebook. Bolsonaro passou pela
orla do Lago Paranoá e, em seguida, parou em
uma padaria e em uma farmácia, no Lago Norte,
onde acenou e tirou fotos com apoiadores.

Na ocasião, ele também voltou a criticar as
medidas restritivas adotadas por prefeitos e
governadores no enfrentamento à covid-19.
Indiretamente, Bolsonaro disse que o mesmo
governador que "quebrou seu estado" agora
quer um auxílio emergencial, de R$ 600,
permanente. Na opinião do presidente, a
medida "arrebentaria a economia" do país e
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