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Correio Braziliense/Nacional - Opinião
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

Volta às aulas e pandemia


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A volta às aulas causa polêmica na sociedade.
Hoje, são mais de 2,7 milhões de infectados e
quase 100 mil mortos pela covid-19. A taxa de
contágio não se estabilizou. Oscila entre
municípios e estados, mas, a cada dia, aumenta
o número de vítimas. A flexibilização do
isolamento social em várias cidades elevou o
total de casos e fez prefeitos e governadores
recuarem da decisão. Daí, vêm as perguntas: há
condições para reabrir os estabelecimentos de
ensino? Todos têm condições de seguir os
protocolos definidos pelas autoridades médicas
e sanitárias do país e do mundo?

O Conselho Nacional de Educação (CNE)
orientou os sistemas de ensino de todo o país a

flexibilizar o controle de frequência escolar no
retorno às aulas presenciais e assegurar aos
pais o direito de decidir sobre a volta dos filhos à
escola. Aos que são contrários, será garantida a
manutenção das aulas por meio virtual. Pela
legislação brasileira, são obrigatórias a
matrícula e a frequência escolar de crianças e
adolescentes entre 4 e 17 anos. A
desobediência à lei implica responsabilização
judicial dos pais ou responsáveis. Mas, diante
de situações excepcionais, como a crise
epidemiológica, tanto pais quanto responsáveis
estão livres para decidir em defesa da
integridade dos filhos.

Hoje, no Distrito Federal, haverá uma audiência
pública, com a participação de representantes
de estabelecimentos e professores do ensino
privado, do governo do DF e do Ministério
Público do Trabalho. Na mesa de negociação
está a decisão do Tribunal Regional do
Trabalho, do dia 25 último, que adiou por 10
dias a volta às aulas. Seja na rede pública, seja
na particular, "o professor é quem fará o contato
entre tudo aquilo que a gente debate com o
aluno na sala de aula. Por isso, precisamos
colocar os docentes como os agentes mais
importantes de implementação", declarou
Priscila Cruz, presidente-executiva do
Movimento Todos pela Educação.

No exterior, o retorno à escola variou muito. Na
Alemanha, brasileiros que lá residem não
tiveram dúvidas quando o governo anunciou a
reabertura das unidades de ensino. As aulas
presenciais deram-se em semanas alternadas:
ora na escola, ora em casa, por meio virtual. Em
Israel, o governo fechou as escolas entre março
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