Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Opinião
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

Desemprego (PED -- Codeplan/Dieese/Setrab),
de maio último, revelou taxa de desemprego de
21,3% e atingiu 333 mil trabalhadores. Os
numerosos desempregados, como não
possuem renda, também não têm acesso ao
consumo, pois não produzem, afetando a
economia da capital federal. Esse processo é
circular e cumulativo e gera quebradeira de
empresas e cancelamento de postos de
trabalho, confirmando minha hipótese sobre a
evidência de lacunas de trabalho. E há outra
circunstância: a PED para cada uma das quatro
categorias agrupadas de acordo com a renda
média das Regiões Administrativas (RAs)
indica para a mais baixa renda uma taxa 10,4%
mais elevada do que a média ou 31,7. A PED,
para detectar as lacunas de trabalho, poderia
incluir pesquisas específicas nas empresas e
no serviço público.


De fato, os dados sobre a situação de
pandemia que a mídia nos traz são
preocupantes pois, mais pessoas são
infectadas a cada dia: eram 33 no início da
pandemia, sendo suspeitas 174 pessoas, em 3
de março passado; elevaram-se para 563 (com
14 óbitos), em 11 de abril; em 12 de maio,
eram 2.799 pessoas contaminadas, com 1.605
recuperadas ou 57% e 44 mortes; em 16 de
junho, aumento significativo de infectados:
25.380, 60% dos quais se recuperaram (15.172
pessoas) e 348 óbitos. As UTIs, somando-se
as de hospitais privados e públicos, 626
estavam ocupadas, ou 88%.


Demarca-se, em Brasília, com dados recentes
que, em 16 de julho, os infectados mais do que
dobraram, em relação a 16 de junho: 75.380
infectados, com 81% de recuperados ou 61.618
pessoas. Em 31 de julho, a evolução revela-se
preocupante: infectadas são 104.442 pessoas;


83% ou 86.791 pessoas recuperadas; em 24
horas, 2.100 pessoas foram contaminados e 25
óbitos. O total de falecimentos atingiu 1.444
pessoas nesta data, ocasião em que 83% de
UTIs estavam ocupadas. Nesse ritmo,
chegaremos a 120 mil infectados e 1.500
óbitos.

Por fim, resta considerar que algumas
estratégias, tanto na esfera federal quanto
local, cometeram equívocos no que tange ao
desejo de ver a economia voltar ao esquema
de "antes", com a reabertura de atividades
econômicas, inclusive algumas não essenciais,
como salões de beleza, academias e
barbearias -- considerando-se a crise
persistente. No DF, acertada foi a construção
de hospitais de campanha e o excelente
trabalho dos operadores, médicos, enfermeiros
e técnicos dos hospitais, o que propiciou
elevado percentual de recuperação de
infectados, em média, acima de 80%,
constantemente, o que é digno de elogios.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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