Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Brasil
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

de recuperação, diz Rafaela.
O Bradesco também passou a prever queda de
4,5% no PIB de 2020, dado revisado na
semana passada de uma retração de 5,9% por
causa de dados de atividade que, segundo o
banco, surpreenderam positivamente.
“A produção industrial e as vendas do varejo
têm confirmado o movimento mais forte de
melhora dos índices de confiança, apontando
para uma retomada da atividade que tem o
formato de ‘V’ na dinâmica trimestral”, diz
relatório de revisão de cenário da instituição.
Citando os mesmos fatores, a 4E Consultoria
modificou sua estimativa para o ano de -6,1%
para -5,6%. Os indicadores antecedentes de
julho sugerem continuidade da retomada da
atividade no terceiro trimestre, “inclusive com
aceleração em alguns setores”, diz o Bradesco.
Outro grande banco, o Itaú Unibanco, tem
estimativa de retração de 4,5% desde maio.
As preocupações em torno do coronavírus e do
enfraquecimento do mercado de trabalho,
assim como o efeito do fim dos estímulos
emergenciais, também compõem o cenário de
riscos dessas instituições. Estes, diz a LCA
Consultoria, são “armadilhas” no caminho da
recuperação econômica brasileira que
precisam ser desarmadas para que um cenário
menos negativo se consolide. A casa prevê
queda de 5,6% neste ano.
“Mas nosso viés é negativo por causa de dois
grandes riscos. O primeiro relacionado à
evolução da pandemia. Pode haver uma volta
ao isolamento em algumas regiões. E o
segundo é que não sabemos como a economia
vai reagir após o fim das medidas de auxílio”,
afirma o economista da LCA Rodrigo Nishida.
Esses riscos parecem estar por trás da recente
perda de ímpeto da recuperação da confiança
no comércio, avalia a consultoria. O
componente de expectativas do índice do setor
caiu em julho, o que pode indicar um receio dos
empresários em relação à sustentação do
consumo.


Justamente a dúvida sobre o consumo é um
dos fatores de risco para a recuperação que se
espera para o PIB em 2021, afirma Rafaela
Vitória, do Inter. Mas o cenário-base da
instituição é de que o excesso de liquidez
gerado pela poupança das famílias mais a
demanda reprimida devem puxar a economia
no próximo ano.
A base mais fraca de 2020 ajuda na magnitude
do crescimento.
A economista também vê a possibilidade da
volta do investimento privado por causa dos
juros muitos baixos. “O investimento pode
surpreender”, diz, num cenário em que haja
uma sinalização de que o ajuste fiscal será
retomado. “A retomada em 2021 requer grande
esforço de medidas de controle e reformas por
parte de governo e Congresso. Mas é sim
possível ter uma recuperação mais acelerada.”
Para o Bradesco, assumindo que não haverá
grande “ressaca” no crescimento do último
trimestre deste ano e que a agenda de
reformas será retomada, deve haver
aceleração do crescimento no próximo ano —a
estimativa do banco é de alta de 3,5%. A LCA
prevê expansão de 3,2%.

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