Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Cálculo.


Segundo especialistas, mesmo a poupança
apresentando retorno real negativo, seu cálculo
não deve ser alterado. Cynthia aponta que o
mercado chegou a especular sobre a alteração
da conta para 70% da Selic mais IPCA, mas a
ideia não foi levada adiante. "Não há nenhuma
previsão para mudar e tornar a poupança mais
vantajosa", diz a analista da Ágora.


"As prioridades do momento estão em torno da
pandemia e das reformas. Então, não há
interesse e tempo para mudar a poupança
mesmo com o rendimento real negativo",
afirma Claudia Yoshinaga, coordenadora do
Centro de Estudos em Finanças da FGV
EAESP.


Nesse cenário, Claudia orienta os investidores
a procurarem outros investimentos. "Fica como
lição que é função do investidor buscar
melhores alternativas."


Para Bruno Mori, planejador financeiro CFP
pela Planejar, o dinheiro alocado na poupança
deve ser utilizado como reserva de
emergência. "Tem de ter disponibilidade e risco
baixo." Assim, os produtos indicados por
especialistas para substituir a poupança são os
CDBs de liquidez diária, fundos de
investimentos de renda fixa e títulos públicos


ligados à inflação. "Como alternativa para o
investidor que está acostumado com a
poupança, essas aplicações são opções com
rendimento melhor e com segurança e liquidez
iguais", afirma Mori.

Em relação aos CDBs, Cynthia ressalta que
qualquer um que tenha rentabilidade superior a
91% do CDI já tem retorno melhor que a
poupança. "A única diferença é que nele é
cobrado Imposto de Renda e na poupança,
não. Porém, a rentabilidade é maior e acaba
compensando", diz a analista da Ágora.

Já em relação aos fundos, Mori destaca que é
muito importante o investidor ficar atendo às
taxas de administração. Se forem muito altas,
os ganhos podem ser praticamente zerados.
Por isso, é importante sempre buscar taxas
menores do que 1%. "Os ganhos não são
muito grandes, pois nesse caso o objetivo é ter
liquidez, e não rentabilidade."

Sobre os títulos públicos atrelados à inflação, a
coordenadora da FGV ressalta que o
volatilidade é um pouco maior. Porém, são um
boa maneira de ter rentabilidade acimada
inflação. "São bem atrativos, pois pagam o
IPCA mais uma taxa pré-fixada", diz Claudia.

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