Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Opinião
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
Caso em aberto
Clique aqui para abrir a imagem
Aclarar a relação entre o senador Flávio
Bolsonaro e Fabrício Queiroz é prioridade
judicial e política
Uma gíria acompanha as citações da família
Bolsonaro a Fabrício Queiroz desde que o
obscuro caso envolvendo o ex- assessor do clã
eclodiu, há dois anos: rolo.
Queiroz, que por anos foi amigo e faz-tudo do
ora presidente, sempre é definido como alguém
que vive de rolos - ou transações heterodoxas,
em bom português.
O termo foi recuperado pelo senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ), mais recente
membro da família a abrigar Queiroz, numa
sinecura parlamentar quando era deputado
estadual.
Segundo o senador disse ao jornal O Globo, é
possível que Queiroz tenha pago alguma conta
pessoal sua. A explicação rala ainda
acrescentou, ao comentar os altos volumes em
dinheiro vivo movimentados pelo ex- assessor:
"Ele é um cara que tinha os rolos dele".
A fragilidade de argumentos se repete no relato
de que um policial militar havia pago um boleto
seu porque estavam em um churrasco, a conta
iria vencer e Flávio "não tinha aplicativo no
telefone".
É um imperativo judicial e político esclarecer as
relações entre o senador, sua família e o eipoal
de contatos em torno de Queiroz.
Primariamente, a suspeita recai no esquema
das "rachadinhas", segundo o qual funcionários
do gabinete estadual de Flávio tinham o dinheiro