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Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
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Juros de casa, carro e Selic: no piso


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Autor: Vinícius Torres Freire

Afora desastres, taxa básica da economia não
cai mais e deve ficar estável até 2021

A taxa média de juros para quem quer comprar
casa ou carro, poucos, não caiu durante a
epidemia e, na verdade, mal se mexe desde o
final do ano passado, para tratar de duas taxas
importantes para a economia e para o
consumidor. São também as taxas menos
salgadas nos bancos, perto de 7% ao ano para
imóveis e de 19% ao ano para carros, segundo
as estatísticas do Banco Central.

Logo, para variar, quem vai ligar para a fato de a
Selic ter baixado de 2,25% para 2% ao ano,
como decidiu nesta quarta-feira (5) a diretoria do
Banco Central? Afora o povo da finança e
economistas, praticamente ninguém (ainda
menos agora, pois o BC praticamente disse que
a Selic deve ficar no nível em que está a perder
de vista).

Dadas as expectativas de inflação (e, pois, de
juros) e o nível já baixo da Selic, qualquer
redução adicional, minúscula, também não deve
fazer efeito relevante nas taxas de juros
bancários e no custo do dinheiro no mercado de
capitais.

No entanto, ainda seria bom prestar atenção ao
fato de que:

mesmo com Selic a 2% ao ano, a inflação fica
na meta até 2022. Previsão de qualquer coisa
até 2022 tem algo de ficção científica, é
verdade, mas o que importa é o efeito dessa
estimativa no presente. O que está implícito é
que a taxa básica de juros deve ficar negativa,
em termos reais (descontada a inflação), pelo
menos até meados de 2022;

a Selic é o custo de financiamento do governo
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