Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes
Para Guedes, chamar tributo de
CPMF é maldade ou ignorância
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Autor: Fábio Pupo e Danielle Brant
Brasília O ministro Paulo Guedes (Economia)
disse que o novo imposto sobre pagamentos,
planejado por ele, tem sido chamado por
maldade ou ignorância de CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentações Financeiras).
Para ele, nem o presidente tem o direito de
interditar o debate sobre o tema.
"As pessoas inadequadamente, por maldade ou
ignorância, falam que é CPMF. Mas não tem
problema, o tempo é senhor da razão", afirmou
ao participar de audiência virtual da comissão
sobre reforma tributária no Congresso.
O tributo pensado por ele seria aplicado a
pagamentos, em especial sobre serviço e
comércio eletrônicos, com alíquota de pelo
menos 0,2%. De acordo com os estudos do
ministério, rendería ao menos R$ 120 bilhões.
"A economia é cada vez mais digital, e isso está
sendo estudado em países mais avançados.
Netllix, Google, o brasileiro usa, e são
belíssimas inovações tecnológicas, mas ainda
não conseguimos tributar corretamente",
afirmou. "Sim, estamos estudando", disse.
Apesar de rechaçar a comparação, Guedes
ainda não apresentou formalmente os detalhes
da nova cobrança para mostrar quais
exatamente seriam as diferenças em relação à
antiga CPMF.
A Receita Federal apresentou com mais
detalhes o plano do novo imposto em setembro
de 2019, mostrando que a intenção era taxar até
saques e depósitos em dinheiro com uma
alíquota inicial de 0,4%.