Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Finanças
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
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Copom reduz taxa básica para 2%


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Autor: Estevão Taiar e Alex Ribeiro De São
Paulo

O Banco Central (BC) cortou ontem a taxa
básica de juros de 2,25% para 2% ao ano e
afirmou que o espaço para novas quedas, caso
exista, “deve ser pequeno”. O corte de ontem foi
o nono seguido e, mais uma vez, levou a Selic a
nova mínima histórica.

Eventuais ajustes teriam “gradualismo
adicional”, de acordo com o Comitê de Política
Monetária (Copom), e dependeriam de dois
fatores: percepção sobre a trajetória das contas
públicas e mudança na avaliação do colegiado
sobre o comportamento futuro da inflação.

O comitê, no entanto, sinalizou que uma alta da
Selic não está no seu radar neste momento, a
não ser que as projeções de inflação se
aproximem suficientemente da meta do ano que
vem, principalmente, e também de 2022. O BC
ainda subiu o tom em relação aos riscos
representados por possíveis desequilíbrios
fiscais.

“O Copom entende que a conjuntura econômica
continua a prescrever estímulo monetário
extraordinariamente elevado, mas reconhece
que, devido a questões prudenciais e de
estabilidade financeira, o espaço remanescente
para utilização da política monetária, se houver,
deve ser pequeno”, disse em comunicado após
a decisão, tomada de maneira unânime.

Após a reunião anterior, em junho, a autoridade
monetária já havia afirmado que o espaço era
possivelmente pequeno, mas não citava
explicitamente no comunicado os riscos
prudenciais e de estabilidade, apenas na ata.

“Consequentemente, eventuais ajustes futuros
no atual grau de estímulo ocorreriam com
gradualismo adicional e dependerão da
percepção sobre a trajetória fiscal, assim como
de novas informações que alterem a atual
avaliação do Copom sobre a inflação
prospectiva”, afirmou.

Para o BC, o balanço de riscos continua com
pontos assimétricos para cima. Ou seja: a
inflação tem mais chances de ficar acima do
projetado do que abaixo. Pressionando a
trajetória de preços para baixo, está o nível de
ociosidade da economia. “Esse risco se
intensifica caso uma reversão mais lenta dos
efeitos da pandemia prolongue o ambiente de
elevada incerteza e de aumento da poupança
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