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O Globo/Nacional - Sociedade
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
formam nossas redes da leitura e da escrita
fazem outra coisa antes da alfabetização.
Reconhecem faces, o que também é uma
função da maior importância para nossa vida
social, e que aprendemos logo que abrimos os
olhos ao nascer.
O que as imagens e registros cerebrais
revelaram é que nas crianças pequenas e nos
adultos analfabetos essas áreas cerebrais
exercem a tarefa de reconhecimento de faces
usando os dois lados do cérebro. Ao aprender
a ler e escrever, o reconhecimento de faces é
deslocado para o hemisfério cerebral direito,
liberando no esquerdo as mesmas áreas para
adquirir a habilidade de reconhecer e produzir
os símbolos da escrita que representam os
vários idiomas. Reciclagem neural, como
propôs o neurocientista francês Stanislas
Dehaene, em colaboração com um grupo de
pesquisadores da Rede Sarah, de Brasília,
liderado pela neurocientista brasileira Lucia
Braga.
O lado triste é que, como a pesquisa precisa
comparsa: alfabetizados com analfabetos, o
Brasil se torna o país ideal para captar
voluntários desses dois grupos de pessoas,
especialmente os últimos.
E vamos combinar: o mesmo ocorre com as
pesquisas sobre vacinas contra o novo
coronavírus. O Brasil foi escolhido para os
testes clínicos de massa porque tem um
gigantesco número de contaminados, e não
apenas pela capacidade científica de testar a
vacina.
Como na pesquisa com alfabetizados e
analfabetos, o Brasil foi escolhido para os
testes da vacina pelo número de contaminados
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas