Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - Economia
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

góticas usavam Netflix, Google, Waze.


O deputado loão Roma (Republicanos-BA)
disse que o relator se referia ao "absolutismo"
de um governo que impõe um tributo sem
explicar qual é. A senadora Simone Tebet
propôs que o governo mostrasse toda o seu
projeto: - Vossa excelência diz que quem está
falando de CPMF é por maldade ou ignorância.


Eu me incluo entre os ignorantes. Eu quero
entender-se essa contribuição vai atingir as
plataformas ou qualquer um que com um
cartão de crédito compre um remédio na
esquina. O ministro não tirou a dúvida da
senadora. E reclamou da imprensa, que o faz,
segundo ele, ficar o tempo todo se defendendo.
Perguntado pelo senador Reguffe (Podemos-
DF ) se atualizaria a tabela do Imposto de
Renda, ele disse que fez as contas : - Custa R$
22 bilhões elevar a faixa de isenção para R$ 3
mil. E um Fundeb. Se for estendido às demais
faixas a conta vai para R$ 36 bi. A classe
política tem de decidir isso. O congressista foi
eleito para tomar decisão.


Guedes lembrou que não atualizar a tabela do
IR é uma forma oculta de tributar, mas atualizar
seria indexar. Em outros países, disse, "todo
mundo entende inflação como perda". Na
época da campanha, a promessa era elevar a
faixa de isenção para R$ 5 mil.


O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) criticou
o aumento do PIS-Cofins (CBS) sobre livros.
Guedes de novo falou da divisão entre ricos e
pobres: - O deputado seguramente não quer
ser isentado quando compra um livro, né? Ele
tem salário suficientemente alto para comprar e
pagar imposto como todo mundo. Ele está
preocupado com as classes baixas. Essas, se


nós aumentarmos o Bolsa Família, vamos estar
atendendo. Agora, acredito que eles estão mais
preocupados em sobreviver do que em
frequentar as livrarias que nós frequentamos.

O ministro disse que "quem tem poder em
Brasília" consegue pagar menos imposto e por
isso "há R$ 300 bilhões de desoneração". E
quem tem dinheiro "não paga imposto e vai pra
Justiça" e assim há um contencioso de R$ 3,5
trilhões.

O que o ministro não explica é por que não
cumpriu a promessa de campanha de acabar
com os R$ 300 bilhões de renúncias fiscais e
por que manteve as isenções da Zona Franca
de Manaus, já que me disse que "não deixaria
o Brasil todo ferrado" para manter a Zona
Franca. Entre os conflitos verbais do ministro e
os fatos há uma certa distância.

Guedes acha que os ricos se escondem atrás
dos pobres ao criticar a regressividade do novo
imposto que vai propor,mas não explica o
tributo

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil
1 - Paulo Guedes
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