Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - Economia
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Para os membros do Copom, o cenário
econômico básico é o da "maior retração
econômica global" desde a Grande Depressão,
nos anos 1930. Mas eles ressaltam haver
"sinais promissores" de retomada nas
principais economias do mundo, ainda que o
ambiente continue desafiador para países
emergentes.


No caso específico do Brasil, o Copom vê que
indicadores econômicos recentes "sugerem
uma recuperação parcial", mas ainda com
setores "deprimidos", principalmente aqueles
mais afetados pelas medidas de
distanciamento social.


"A incerteza sobre o ritmo de crescimento da
economia permanece acima da usual,
sobretudo para o período a partir do final deste
ano, concomitantemente ao esperado
arrefecimento dos efeitos dos auxílios
emergenciais."


Vitor Vidal, economista da XP, considera que o
auxílio emergencial, embora acarrete em
aumento da dívida pública, pode contribuir para
uma retomada do consumo, fazendo a
economia reagir: - O alongamento do auxílio
pode estimular as famílias que estão reduzindo
gastos a fazerem novas compras. O principal
problema potencial para a economia do país é
o andamento de medidas que visem romper o
teto de gastos ou tornar permanente um
benefício emergencial.


Com relação à inflação, o Copom vê dois
cenários. Por um lado, o aumento de gastos
para combater a pandemia pode piorar a
trajetória fiscal do país. Isso, aliado à não
continuidade das reformas,pode piorar a
percepção de risco do país,resultando em
pressão sobre os preços.

Mas,por outro lado,o nível de ociosidade da
economia pode levar a uma inflação menor do
que a projetada. "Esse risco se intensifica caso
uma reversão mais lenta dos efeitos da
pandemia prolongue o ambiente de elevada
incerteza e de aumento da poupança
precaucional".

A meta de inflação, com margem de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo,é de 4%
para este ano, 3,75% para 2021 e 3,5% para
2022.

Economistas consultados pelo GLOBO avaliam
que ainda haverá efeito de estímulo à
economia este ano.

A economia ainda está refletindo os efeitos de
cortes anteriores, considerando que o efeito da
queda de juros demora de seis a nove meses
para chegar à atividade econômica - disse o
economista-chefe do banco BV, Roberto
Padovani, para quem os juros reais devem
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