Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

O chefe da equipe econômica comprometeu-se
a dar transparência a essas contas. E disse até
que, se os parlamentares encontrarem alguma
forma de reduzir a alíquota, o governo está
disposto a fazer essa revisão. "Se for possível,
por algum erro nosso, baixar para 10%, 9%,
8%, é o que queremos", afirmou. "Se nossos
cálculos de 12% aumentarem a tributação, nós
vamos ter de reduzir a alíquota e nós vamos
reduzir. O compromisso está assumido
publicamente", acrescentou.


A reforma tributária, segundo Guedes, também
busca reduzir impostos "perversos", que
prejudicam a geração de empregos e incidem
mais sobre os pobres, como os encargos
trabalhistas, que ele chamou de "máquina de
destruição em massa de emprego" ao apontar
que pretende criar um imposto digital para
compensar a desoneração da folha. O ministro
acredita, por exemplo, que o aumento da
alíquota da CBS será compensado pela
desoneração da folha no caso do setor de
serviços. Por isso, disse que essa alíquota só
será reduzida dentro dessa análise global da
reforma tributária, cujas próximas peças ainda
não foram apresentadas formalmente pelo
governo. "Se tiver só financiando essa
transformação que estamos fazendo de
impostos ineficientes para impostos melhores,
aí a alíquota pode ficar", avisou.


Guedes criticou a proposta de criação de um
fundo de compensação tributária para estados
e municípios e afirmou que, para isso, será
necessário criar imposto. Ele reforçou que,


como país retomou o debate de reformas e
como a economia está dando sinais de
recuperação, "o Brasil vai surpreender o
mundo". (MB e RH)

Compensação

O secretário especial da Receita, José Barroso
Tostes Neto, reforçou que essa alíquota de
12% foi calculada "para que não haja aumento
de carga tributária global". E alegou que ela é
necessária para compensar outros ajustes
proporcionados pela proposta de reforma
tributária do governo. "Alguns fatores
interferem sobre a base de cálculo e, por isso,
exigem uma alíquota calibrada para produzir o
mesmo nível de arrecadação", disse. Tostes
admitiu, então, que a reforma deve ser sentida
de forma diferente entre os diversos setores
econômicos. "Os impactos serão
individualizados. Não há uniformidade de
impactos sobre os contribuintes do mesmo
setor ou do mesmo porte econômico", afirmou.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central -
Perfil 1 - Paulo Guedes
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