Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Finanças
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Outra casa que aposta em mais redução é a
LCA. Segundo a economista sênior Thais Zara,
a consultoria manteve a estimativa de Selic a
1,75% no fim de 2020. Segundo a analista,
“não necessariamente na reunião de setembro,
mas em outubro o BC pode fazer novo corte”.


Para Ettore Marchetti, sócio e responsável
pelas estratégias de câmbio e renda fixa na
Trafalgar Investimentos, “o Copom teve a
preocupação de deixar a porta aberta para
mais cortes, porém aumentou um pouco a
barra”.


A Trafalgar estima manutenção da Selic em
2% ao ano em 2020. A estabilização da taxa
básica nesse patamar é também aposta da
Tendências. A consultoria mantém projeção de
Selic em 2% até setembro de 2021. Segundo a
diretora de macroeconomia, Alessandra
Ribeiro, o Copom subiria a taxa em outubro do
ano que vem e faria dois ajustes de 0,5 ponto
cada, elevando o juro a 3% no fim de 2021.


O economista-chefe da JGP, Fernando
Rocha, enxerga uma tentativa do BC de
suavizar a trajetória da normalização dos juros.
“Caso dissesse que havia encerrado o ciclo de
cortes, o Copom, de certa forma, tiraria o
charme de ficar aplicado em juros e a
tendência seria uma abertura da curva. Como o
comitê não quer isso, ele coloca essa
possibilidade, mas eleva a barra para reduções
adicionais.”


Ao olhar lá na frente, para 2022, diz Rocha, o
comitê tenta passar a mensagem de que mira
juros baixo por mais tempo. Quanto ao possível
novo corte, o economista da JGP acredita que
este se daria em ritmo mais moderado, de
0,125 ponto percentual ou ainda de 0,25 ponto
a cada duas reuniões.


Kawall, do Asa Bank, alerta ainda para um


risco de alta que o BC deixou em evidência.
“Se o governo resolver abandonar o teto de
gastos iríamos, provavelmente, na direção de
alta de juros”. Conforme ele, “a economia pede
mais estímulos monetários, mas a ideia de
voltar a gastança vai impedir que isso ocorra”.

A diretora de macroeconomia da Tendências
teve a mesma percepção. Há um risco tangível
de o BC ter de começar a subir juros antes do
esperado, se houver flexibilização do teto de
gastos. “É um roteiro que todos conhecemos:
começa a subir o risco, bate em câmbio, depois
pressiona a inflação corrente e o BC tem de
reagir com alta de juros”, diz Alessandra.

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