Clipping Banco Central (2020-08-06)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Finanças
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

‘Copom deu um cavalo de pau no


debate sobre Selic’


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Autor: Lucas Hirata e Lucinda Pinto De São
Paulo

O Comitê de Política Monetária Copom) do
Banco Central adotou uma mudança
significativa de discurso e surpreendeu quem
esperava uma indicação clara sobre o fim do
ciclo de corte de juros. De forma mais
categórica, o sócio fundador da Novus Capital,
Luiz Eduardo Portella, afirma: o Copom deu
cavalo de pau na discussão.

“Antes, ele estava olhando para a assimetria do
crescimento e indicava que a recuperação
poderia ser mais rápida que a esperada. E, de
fato, todo mundo revisou projeções para o PIB
de -7% ou -8% para -4% ou -5%. Agora, fica a

impressão de que não está olhando tanto a
retomada da atividade ou o risco fiscal, mas os
dados de inflação. Ficou um comunicado um
pouco confuso”, afirma Portella.

Para ele, os riscos de o aumento de gastos
realizado no combate à pandemia transbordar
para os próximos anos está no radar. Mas essa
questão tem pouco impacto sobre os preços dos
ativos porque o mercado está sob efeito da
“morfina” dos estímulos monetários e fiscais que
se vê em todo o mundo.

“Com a quantidade de estímulo monetário que
está sendo dado pelo banco central americano,
e com o estímulo fiscal que se vê no mundo, o
mercado fica mais leniente com essas notícias
no curto prazo”, diz Portella.

Valor: O comunicado do Copom surpreendeu
ao indicar ainda espaço para corte, mesmo que
pequeno?

Luiz Eduardo Portella: Eu achei que o Copom
deu um cavalo de pau na discussão. Antes, ele
estava olhando para a assimetria do
crescimento e indicava que a recuperação
poderia ser mais rápida que a esperada. E, de
fato, todo mundo revisou projeções para o PIB
de -7% ou -8% para -4% ou -5%. Agora, fica a
impressão de que não está olhando tanto a
retomada da atividade ou o risco fiscal, mas os
dados de inflação. Ficou um comunicado um
pouco confuso. O Copom elevou a barra para
novos cortes, mas ainda manteve essa
possibilidade em aberto. Além disso, já começa
a falar que é improvável uma alta de juros, meio
que em uma tentativa de fazer um “forward
guidance”.

Valor: Qual é a leitura sobre a sinalização do
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