Clipping Banco Central (2020-08-06)

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Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Política
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Guedes admite baixar alíquota de


tributo para não elevar carga total


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Autor: Lu Aiko Otta, Vandson Lima e Mariana
Ribeiro

O compromisso de não elevar a carga tributária
foi o principal ponto apresentado ontem pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, na
Comissão Mista da Reforma Tributária do
Congresso Nacional. Ele afirmou que, se a
arrecadação federal aumentar com a
Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em
12%, a alíquota proposta pode baixar para 10%,
9% ou 8%. “É o que queremos”, afirmou.
“Queremos que [o novo tributo] seja o menor
possível.”

Com isso, Guedes buscou reduzir a temperatura

do debate político de um ponto bastante
criticado da proposta do governo para a reforma
tributária: a que a CBS elevará a carga
tributária. “Se realmente aumentar a
arrecadação e arrecadar mais do que estamos
achando, nós vamos reduzir a alíquota”, frisou.
O ministro também foi cobrado por apresentar a
reforma fatiada e por supostamente privilegiar
bancos. Foi atacado também pela ideia de criar
um novo imposto sobre transações.

O ministro ficou quase seis horas à disposição
dos parlamentares, em clima ameno. Porém,
não faltaram provocações. Num momento mais
tenso, Guedes afirmou que o relator da reforma,
deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), cometeu
um excesso. “Ele sugeriu que a Netflix e o
Google já existiam na Idade Média, porque ele
falou que o imposto digital é um imposto
medieval”, disse, referindo-se à declaração dada
pelo deputado na “live” do Valor na segunda-
feira, segundo a qual a criação de uma nova
Contribuição Provisória sobre a Movimentação
Financeira (CPMF) “remete ao ambiente
medieval”.

O ministro acrescentou que, provavelmente, o
deputado reagia a uma afirmação sua, que o
Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é um
imposto industrial da metade do século
passado.

“O que estou dizendo é verdade”, frisou. O IVA
é o modelo utilizado para formular o Imposto
sobre Bens e Serviços (IBS), que é o coração
das propostas de reforma tributária elaboradas
pelo Congresso e é apresentado como um
imposto moderno.

Em outro momento, Guedes comentou que as
pessoas falam “inadequadamente, por maldade
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