Banco Central do Brasil

Valor Econômico/Nacional - Especial

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Reforma favorece competitividade, diz

presidente da FCA

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Autor: Marcos de Moura e Souza

O presidente para a América Latina da Fiat

Chrysler Automóveis (FCA), o italiano Antonio

Filosa, vê com otimismo os planos do governo

federal de simplificar a carga tributária e diz que

menos burocracia fiscal ajudará a indústria a ser

mais competitiva. Mas alertou que uma eventual

mudança no Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS), uma das ideias em pauta,

exigirá muita ginástica do Executivo por tocar

em benefícios adquiridos.

“A indústria hoje não é competitiva por duas

razões: por imposição fiscal e por infraestrutura

ineficiente. Se esse problema recebe uma

solução, claramente isso gera desenvolvimento,

emprego e novos investimentos diretos e a

máquina começa a girar de uma forma

favorável” afirmou ontem, em entrevista ao Valor

.

Também ontem, o ministro Paulo Guedes

(Economia) voltou a defender redução no

número de impostos. “Estamos num programa

de simplificação. Vamos substituir dez ou 15

impostos por um”, declarou em audiência

pública com deputados e senadores sobre a

reforma tributária.

O primeiro passo será a criação da Contribuição

sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá o

PIS/Cofins e que poderá ser atrelado a uma

proposta que condensa ICMS, ISS e PIS/Cofins

num futuro único Imposto sobre Bens e Serviços

(IBS).

Filosa disse que a pesada estrutura tributária

brasileira e infraestrutura ruim fazem o país ficar

de fora do jogo global da competitividade com

outros players como México, Coreia do Sul e

China.

“Essa não competitividade faz o Brasil

impossível de ser introduzido na arena de

competição global, no ‘battleground’ ”, afirmou o

executivo italiano.

O Brasil é um dos principais mercados para a

Fiat Chrysler, mas ainda é uma plataforma

tímida de exportação para as marcas do grupo,

por não conseguir custos condizentes com os

mercados internacionais.

“A indústria automobilística baseia seu sucesso

ou fracasso em cima de escalas. E a escala

maior é a escala global. Então, qualquer player

automobilístico, como agora os chineses estão