Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU
'O NORDESTE NUNCA FOI
PROPRIEDADE DE UM PARTIDO
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Autor: GERALDA DOCA
ENTREVISTA Rogério Marinho/ ministro do
desenvolvimento regional
O ministro do Desenvolvimento Regional,
Rogério Marinho, é hoje o principal contraponto
no governo ao discurso de austeridade fiscal do
titular da pasta da Economia, Paulo Guedes.
Junto com parte dos militares e de ministros
próximos ao presidente Jair Bolsonaro, tem
defendido a ampliação de gastos no pós-crise,
em especial aqueles voltados para a oferta de
água nas regiões Norte e Nordeste, onde o
presidente busca ampliar sua base de olho na
campanha de reeleição em 2022.
Os sinais de pressão no governo por mais
gastos se multiplicaram nesta semana, com a
elaboração de uma consulta ao Tribunal de
Contas da União (TCU) em busca de uma folga
orçamentária de R$ 10 bilhões para obras, e
das declarações do senador Flávio Bolsonaro
de que Guedes terá que "arrumar um
dinheirinho" para dar continuidade a obras. Em
entrevista ao GLOBO, Marinho diz que recebeu
do presidente a missão de ter um olhar especial
para o Nordeste e defende a ampliação de
gastos: "Parece que temos uma faca cravada no
olho e estamos preocupados com o cisco."
Flávio Bolsonaro disse que o ministro da
Economia, Paulo Guedes, tem que "arrumar
mais um dinheirinho" para tocar obras. Por que
o senhor também defende isso?
Temos obras hídricas importantes, como a
transposição do São Francisco, de adutoras que
estão sendo construídas nos diversos estados
do Nordeste, Centro-Oeste, do Norte e obras de
saneamento por todo o país. Então, esses
recursos precisam ser suplementados. Como é
um ano em que foi decretada calamidade
pública e houve queda da atividade econômica,
a suplementação fica mais difícil porque não há
excesso de arrecadação. Pleiteamos e