Clipping Banco Central (2020-08-07)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Finanças
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

BB espera segundo semestre mais


forte


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Autor: Flávia Furlan, Talita Moreira e Álvaro
Campos De São Paulo

O Banco do Brasil (BB) reportou aumento de
despesas e provisões em meio à crise,
suficientes para ofuscar a melhora com a
margem e fazer o resultado cair no segundo
trimestre. Daqui para a frente, porém, a aposta é
na melhora da economia e em um programa de
eficiência para recuperar o balanço.

“Tudo indica que o segundo semestre vai ser
melhor do que o primeiro”, afirmou Rubem
Novaes, presidente do BB. Para o executivo, a
melhora da economia ocorre em um ritmo mais
acelerado do que o previsto, o que deve diminuir
a necessidade de formar novas provisões.

O lucro líquido recorrente do BB foi de R$ 3,311
bilhões no segundo trimestre, queda anual de
25,3% e trimestral de 2,5%. A previsão dos
analistas consultados pelo Valor era de R$ 3,4
bilhões. No período, as despesas com provisões
para créditos (PDD) atingiram R$ 5,907 bilhões,
com alta de 42,4% em relação mesmo intervalo
do ano passado e de 6,6% frente ao primeiro
trimestre.

As reservas foram reforçadas diante da
expectativa de que a inadimplência atinja o pico
entre o último trimestre deste ano e o primeiro
de 2021. Carlos Bonetti, vice-presidente de
controles e gestão de riscos, disse que o
indicador poderá chegar aos níveis da crise de
2016, quando atingiu 7%, ante os 2,84% atuais.

O perfil da carteira de crédito, focada em linhas
com garantia, como o consignado, e no
agronegócio, é tido pela administração como
proteção na crise. O banco chegou a junho com
R$ 725,132 bilhões em operações, queda de
0,5% frente a março, mas alta de 5,1% em 12
meses.

As despesas administrativas somaram R$ 7,850
bilhões, alta de 2,6% em um ano. Cresceram
sobretudo gastos com segurança e transportes.
“Houve aumento significativo na demanda por
moeda manual na pandemia”, disse o vice-
presidente de gestão financeira e relações com
investidores, Carlos Hamilton.

Os executivos, no entanto, reforçaram que a
agenda de eficiência é prioritária. No início do
ano, foi adotado um novo plano de cargos e
remuneração de funcionários que deve gerar
economia de R$ 2,5 bilhões até 2025. E, devido
à pandemia, a devolução de escritórios e o
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