Clipping Banco Central (2020-08-07)

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Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Valor Investe
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
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Com R$ 111,6 bi, poupança tem


recorde no ano de captação


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Autor: Estevão Taiar De São Paulo

Influenciada por fatores como o pagamento do
auxílio emergencial, a redução do consumo
causada pelo distanciamento social e a menor
propensão das famílias a gastar, a poupança
registra neste ano, com folga, a maior captação
de toda a sua série histórica. Dados divulgados
ontem pelo Banco Central (BC) mostram que a
captação líquida atingiu R$ 111,578 bilhões
entre janeiro e julho.

O número é quase três vezes maior, na mesma
base de comparação, do que o recorde anterior
para o período desde o início da série histórica.
Nos sete primeiros meses de 2013, os depósitos
haviam superado os saques em R$ 37,605

bilhões. O acumulado neste ano também é mais
que o dobro do que a captação mais alta para
um ano de toda a série: R$ 49,719 bilhões, em
2012.

Os números mais recentes também mostram
crescimento da poupança. Em julho, a captação
líquida atingiu R$ 27,144 bilhões, a maior para o
mês em toda a série histórica, com início em
janeiro de 1995. As captações dos três meses
anteriores também foram as maiores para
qualquer mês desde o início da série, com R$
30,458 bilhões em abril, R$ 37,201 bilhões em
maio e R$ 20,533 em junho.

Sérgio Vale, economista-chefe da MB
Associados, destaca que parte da captação
maior da poupança pode ser explicada pelo
comportamento “conservador ” da população
brasileira na hora de investir. “No meio de uma
crise como esta, muita gente acaba fugindo para
investimentos tradicionais, como poupança e
imóveis. Não à toa vemos o setor de construção
indo muito bem até agora, dada a crise que
tivemos”, disse.

Já Nicola Tingas, economista-chefe da
economista-chefe da Associação Nacional das
Instituições de Crédito, Financiamento e
Investimento (Acrefi), chama a atenção para o
impacto que a postergação do pagamento de
impostos teve sobre a liquidez da economia de
uma forma geral.

Independentemente das razões para o aumento
da poupança, esses recursos “não devem virar
consumo futuro” tão cedo, na avaliação de
Camila Abdelmalack, economista-chefe da
Vheeda Investimentos. “Estamos em um
momento de incerteza. O segundo semestre
ainda será delicado, podemos ter alguma
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