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Valor Econômico/Nacional - Valor Investe
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistasacreditarem que elas atuam com lógica pouco
conhecida e de difícil compreensão. No
entanto, a realidade é justamente na direção
oposta.
Os insumos das regras bem como o processo
de investimento devem ser transparentes. A
formulação da regra de investimento tem
origem nos processos e melhores práticas de
gestão conhecidas, com a vantagem de poder
testá-las em termos históricos — também
conhecidas como “backtests”.
Eles ilustram como a estratégia teria
performado no passado e, embora o
desempenho histórico não garanta resultados
futuros, são úteis para avaliar as características
de regras candidatas e selecionar aquelas que
melhor se adequam às metas de desempenho
do fundo.
A gestão sistemática formaliza o modus
operandi de um bom gestor, ajuda a evitar os
erros psicológicos clássicos inerentes a
qualquer tomada de decisão humana, como
manter a perda de posições na esperança de
que as mesmas se tornem favoráveis, abrir
novas posições por tédio ou desespero, mesmo
quando os parâmetros de análise não forem
atendidos. Ela remove a tomada de decisão
emocional do processo de negociação.
Quando dinheiro está em risco por meio de
negociações reais nos mercados, sentimentos
de medo e ganância podem facilmente
sobrecarregar a tomada de decisão racional.
Um sistema de gestão não tem emoções e,
portanto, as decisões são objetivas e alinhadas
com a estratégia. Na realidade, o tal risco de
“caixa preta” está nas emoções humanas.
Uma condição necessária para o sucesso
desse tipo de gestão é aliar profissionais com
forte formação quantitativa à longa experiência
de investimentos. O futuro da gestão de
recursos no Brasil passará, inevitavelmente,
por esta transformação. Não se trata de
profecia, basta analisar a tendência da indústria
de investimentos global.De acordo com a “2020 Preqin Global Hedge
Fund Report ”, mais de um quinto dos novos
participantes desse setor criados ao longo dos
últimos dois anos utilizam técnicas de
inteligência artificial em seus processos
operacionais e base de decisão. Segundo a
própria pesquisa, fundos que explicitamente
fazem uso de tais técnicas obtiveram retornos
superiores em relação à classe geral de hedge
funds em amostras dos últimos três e cinco
anos.É hora de deixar os achismos de lado, se
debruçar sobre os dados e, sobretudo, saber
utilizá-los a nosso favor.Alessandro del Drago é sócio da Mauá Capital
e gestor do fundo macro Sistemático Machine-
D
E-mail: [email protected]Este artigo reflete as opiniões do autor, e não
do jornal Valor Econômico. O jornal não se
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decorrência do uso destas informações.Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
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