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Valor Econômico/Nacional - Opinião
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

Óbitos põem economia dos EUA à


prova


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Com sorte, o medo da segunda onda levará a
uma vigilância maior. PorJ. Bradford DeLong

A renda e a produção nacional dos Estados
Unidos no primeiro trimestre de 2020 ficaram
1,25% abaixo do que foram no quarto trimestre
de 2019, mas ainda assim 9,5% acima do que
seriam no segundo trimestre deste ano. Agora
que a renda nacional dos EUA caiu para 12%
abaixo do que era no início do ano, o que
devemos esperar para o terceiro trimestre?

Sempre pode acontecer de os EUA terem sorte;
mas apostar nisso não seria prudente. De
acordo com Austan Goolsbee e Chad Syverson,
da Booth School of Business da Universidade
de Chicago, foi a autoproteção voluntária, e não

as restrições legislativas de atividades, que
impulsionou a maior parte do declínio nos
gastos dos consumidores nesta primavera. Mais
do que isso, eles alertam que “se a revogação
das quarentenas levar a um aumento rápido o
suficiente de casos de infecção e mortes por
causa da covid-19 e uma retirada concomitante
de consumidores do mercado”, isso “pode
acabar por prejudicar a atividade das
empresas”.

De fato, neste verão observamos que a
suspensão ou o abrandamento das quarentenas
levam frequentemente a um rápido aumento nos
casos de covid-19. Consequentemente, um
prognóstico adequado para a economia
americana deve começar por prever o futuro da
pandemia. No entanto, a maioria dos diagramas,
gráficos e tabelas a respeito do vírus e seu
impacto são inúteis para fins de previsão.

No fim das contas, o número de mortes por
covid-19 confirmadas nos diz apenas o que o
vírus fazia um mês atrás, ao passo que
antecipar a trajetória do vírus exige
conhecimento sobre o que ele está fazendo
hoje. Da mesma forma, o número de casos
confirmados refere-se apenas aos pacientes
testados e é preciso esperar dias, até semanas
para receber os resultados dos testes. Para ter
controle sobre a situação, o número de testes
feitos em comparação com o número de casos
confirmados precisaria ser 5 a 10 vezes maior
do que é.

Como os últimos meses teriam sido se uma
infraestrutura de testes eficaz já estivesse
implantada? Meu palpite é que o número
verdadeiro (não apenas o medido) de novos
casos por semana aumentou 2,5 vezes entre
meados de junho e meados de julho. Se
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