Clipping Banco Central (2020-08-11)

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Banco Central do Brasil


O Globo/Nacional - Opinião
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

JOSE CASADO - No palanque, o


bolsolulismo


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Jair Bolsonaro avança em alianças com grupos
hegemônicos na área metropolitana do Rio,
onde se concentram 8,6 milhões de eleitores,
dois terços do eleitorado fluminense.

Liberou verbas, filhos parlamentares e ministros
para apoiar candidatos patrocinados pela
oligarquia regional, que em 2018 o ajudou a
obter mais de 60% dos votos em 40 das 49
zonas eleitorais do Rio e, acima disso, na
Baixada Fluminense.

Bolsonaro viaja no vácuo de Wilson Witzel e
antecessores do MDB, hoje encarcerados.
Semana passada mobilizou o filho senador e o
ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho,
em visitas a Duque de Caxias (658 mil
eleitores), Belford Roxo (325 mil) e Mesquita
(133 mil).

Apoia candidatos da Assembléia de Deus,
majoritária no eleitorado autodeclarado
evangélico, e da Igreja Universal do Reino de
Deus, que tem como líder político o prefeito do
Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), em
batalha pela reeleição.

Também se aproxima de outros, cujas biografias
confirmam o Rio como a metrópole onde o crime
organizado mais avançou na política. Milícias,
narcotráfico e empresas de jogos ilegais detêm
controle real sobre fatia do eleitorado. Na
capital, a Justiça Eleitoral já mapeou 468
seções, com mais de 618 mil inscritos (12% do
total), onde há histórica concentração de votos
em candidatos ligados ao crime no Chapadão,
Maré, Jacarepaguá e Alemão.

Em novembro, o Rio teria o primeiro candidato a
prefeito com origem miliciana atestada em
tribunal. Mas Jerônimo Guimarães Filho, 71
anos, pioneiro de bandos na Zona Oeste,
desistiu depois de dez meses de campanha.
Jerominho foi vereador carioca por oito anos,
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