Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Cidades
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 2 - Gestão Pública
Concessão deixa dúvidas
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Autor: » AUGUSTO FERNANDES
» JÉSSICA EUFRÁSIO
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
autorizou, ontem, a abertura do processo de
concessão à iniciativa privada do Parque
Nacional de Brasília, também conhecido como
Água Mineral, e do Parque Nacional de São
Joaquim (SC). As duas unidades continuarão
sob gestão, fiscalização e proteção do Instituto
Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio). As empresas
escolhidas, contudo, terão de prestar serviços
de apoio à visitação, à conservação, à proteção
e à gestão das unidades. Os investimentos
deverão ocorrer de forma regulada, nos termos
contratuais e por período determinado.
A Secretaria-Geral da Presidência da República
informou que o decreto busca aumentar o
acesso à população e otimizar o uso de
recursos públicos. A mudança ocorre no âmbito
do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI) e inclui as duas unidades no Programa
Nacional de Desestatização (PND) do Governo
Federal. Os parques nacionais da Tijuca (RJ),
do Iguaçu (PR) e de Fernando de Noronha (PE)
são alguns locais cuja administração foi
concedida a empresas privadas. Nesses três
casos, as concessionárias ficaram responsáveis
pela exploração das áreas de uso público.
Outras unidades geridas pelo ICMBio, como o
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
(MA), o Parque Nacional de Jericoacoara (CE) e
o Parque Nacional do Iguaçu (PR) entraram no
PND em dezembro. No entanto, um projeto de
decreto legislativo protocolado pelo deputado
federal José Guimarães (PT/CE), no mesmo
mês, tenta sustar os efeitos da medida, por
considerá-la inconstitucional. A proposta está
parada na Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da
Câmara Federal desde a apresentação.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
afirmou que a concessão dos espaços pode
durar 15 anos, mas acrescentou que há